Lc 15
Diria Lulu Santos – “Eu tô voltando pra casa, outra vez...”.
Um filho se perdeu, porém antes de sair de casa apressado corria ao encontro de sua morada. Seus primeiros passos eram loucos, e desvairados. Lulu Santos diria - “Como em qualquer paixão/Era só fechar os olhos/E deixar o corpo ir/No ritmo...”
Pois enquanto estamos debaixo dos braços do Pai – “...sempre haverá cama pronta/rango no fogão/e Luz acesa, nos esperando no portão”.
Para o Filho Pródigo o amanhã não escaparia de suas mãos, por isso cantava: “Nada é impossível para Ti/Nada é impossível /Nada é impossível para Ti/Tens o meu mundo em tuas mãos”.
Mas, um dia pensou que poderia andar sozinho, e que sua parte na herança não o deixaria depender de ninguém, até que seu dinheiro acabou...
Novamente Lulu Santos diria: “Às vezes a tormenta/Fosse uma navegação/Pode ser que o barco vire/Também pode ser que não”.
No dia seguinte a realidade da vida chegou, a fome chegou, e se um dia “Era só fechar os olhos/E deixar o corpo ir/No ritmo...”, agora a tormenta é uma realidade, eles se encontraram, e não foi o acaso, a um bom tempo ela batia em sua porta, e ele sabia que ela já estava a sua espera.
Parafraseando a música diria que quando saira de casa - “Como em qualquer paixão/...era um vicio/e ele ia sendo arrastado pelo chão/ A cama pronta já não existia mais/O rango no fogão/e a Luz acesa, já não o esperava mais, as portas estavam fechadas, e as luzes apagadas”.
Até que o grande grito foi dado, chega! - “eu tô voltando pra casa/Outra vez”, eu não aguento mais!
O filho que estava perdido não foi achado, ele voltou, pois ele conhecia o caminho de casa, sabia por quais lugares tinha percorrido, e aonde estavam as armadilhas. Este filho conhecia seu Pai, pouco, eu diria, senão jamais cogitaria ser empregado dele.
Seu grito é de libertação “Jesus, eu preciso de Ti/Jesus, eu preciso de Ti/Não há outro igual a Ti/Jesus, eu preciso de Ti/Não há outro igual a Ti”
Eu... -“Creio que Tu és a cura/Tu és tudo para mim/Na casa de meu Pai tem vida/não há outro igual a Ele”.
Seu grito é de quem estava sendo tratado, cuidado, e de quem nunca fora abadonado pelo Pai. Muitos só ficam sabendo disso, quando, como a ovelha, a Dracma e o filho já estão perdidos, contudo mesmo assim o Senhor nos vê, e quando pedimos socorro Ele rapidamente nos estende a sua mão.
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Deus vos abençoe!
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Seu Servo!
William Paixão