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“Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” - Colossenses 2.8
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Foi destruído o sino da cidade! O belo sino, trabalhado em detalhe na Europa, por sábios e renomados artesãos, o portentoso instrumento forjado nas mais altas temperaturas dos fornos de Wittenberg, todo feito em bronze, prata e ornado com 95 inscrições encrustadas de dentro para fora em ouro. Fruto de indescritível esforço e vultoso investimento. Um coração que batia com a precisão de um relógio, e, apesar do som agradavelmente convidativo, também alertava quanto aos perigos que se aproximavam. Foi inaugurado com festa, uma exuberante, magnífica e inigualável celebração em muitas línguas. Homens deram, ao longo dos séculos, suas vidas para que o sino continuasse a tocar. Por isso, mesmo de longe, por gerações, foi ouvido seu badalar preciso, terno e tranquilo. Desde os mais distantes recônditos, pragas e pradarias, vales e montes desde o início do século XVI orientou viajantes quanto ao destino. O orgulho da cidade. De repente, uma assinatura! E, o sino foi proibido de tocar, aos poucos foi abandonado.


Ora, canetas foram feitas para escrever e sinos foram feitos para badalar, é a sua função principal. Mas outros sons acabaram surgindo, devagar, sorrateiro, não ventos fortes, mas uma brisa suave, não uma chuva de verão, mas orvalho banhando os séculos, e pouco a pouco foi desvestindo a cultura, desdobrando a vontade, descobrindo os corações, desnudando as mentes e acostumando os ouvidos. Foi assim, como dunas de areia, aos poucos a paisagem mudou e o campanário silenciou miserável, perdeu a beleza e foi deixado de lado, pouco a pouco, devagar, e, taciturnamente foi removido das lembranças. 


Foi aí que ela surgiu! De onde? Nem mesmo se sabe como! Mas bela, brilhante, iluminada, pura luz, porém como um raio, um relâmpago! Embora tímida, pequenina, insignificante aos olhos, mas envolvente. Sim, discreta, a chama não combatida acabou por incendiar todo campanário. Ouvido o repentino estrondo, sete toneladas de metais nobres, agora contorcidos jaziam em meio às resmungantes e agora altivas chamas. A badalação finalmente calada pelo silêncio da omissão, do faz de conta, do amém fingido, das vontades não convertidas, do desejo incubado, da moral distorcida, da quebra dos valores, da fala mansa do politicamente correto.


Ninguém sabe ao certo quem a acendeu. Mas todos sentem que de alguma maneira poderiam tê-la apagado!
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Alcançados pela Graça!
C. F. Henriques
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*Referências bíblicas:*
Rm 1.16s, At 2, Tg 3.5, Cl 2.8, Lc 10.18
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Leituras auxiliares:
_http://goo.gl/0R45Qr (Reformadores da Igreja)_
_http://goo.gl/zMDOZQ (Quando eu me calei os meus ossos secaram)_

O SINO FOI DESTRUÍDO

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