A Igreja Imperial – A queda do Império Romano do Ocidente
Em nosso texto anterior vimos que a cidade de Roma havia sido suplantada por Constantinopla como cidade mais importante à época, não era mais a capital do mundo. Todavia, a mesma Roma, buscava a centralidade do poder espiritual e religioso com a figura do bispo de Roma que atendia pelo nome Papa, este líder enfatizava sua autoridade sobre o mundo cristão e líder máximo da igreja européia ao oeste do Mar Adriático.
Vejamos então algumas causas deste desenvolvimento hierárquico. Em primeiro lugar temos a semelhança da igreja com a estrutura organizacional do Império, onde a figura de um soberano era evidente e fundamental para a manutenção do prestígio autocrata introduzido também na igreja. Havia a época ao menos cinco grandes cidades que possuíam notoriedade, Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma, os bispos destas eram também reconhecidos como Patriarcas, surge então a pergunta: Qual bispo deveria ser o maior e mais respeitado? O bispo de Roma, que agora atendia pelo nome “Pai”, mais tarde seria aclamado definitivamente “Papa” pela cultura Latina.
Fundamentado no suposto cargo exercido pelo apóstolo Pedro como bispo da igreja romana, teria desta forma exercido o cargo de primeiro bispo ou papa no I século, sendo desta forma, incontestavelmente a prova da autoridade do líder romano para ser o único digno de governar todos os cristãos e suas respectivas dioceses. Os bispos Romanos de fato, eram mais qualificados e mais sábios que os de Constantinopla e esta era a razão pela qual sua influência era notória e toda comunidade eclesiástica.
A transferência da capital para Constantinopla aumentou ainda mais a autoridade do bispo Romano, uma vez que o império preocupado com as questões burocráticas e governamentais, o mundo se voltava para Roma com plena reverência, pois a maior preocupação desta igreja era se manter próxima dos fies. Desta forma não demorou para que o Bispo de Roma ou Papa, fosse considerado a autoridade mais respeitada no Ocidente e foi no Concílio de Constantinopla, em 318, Roma ocupou o primeiro lugar e Constantinopla o segundo.
Mesmo no auge de seu poder e glória, algo aconteceria que marcaria aquele tempo e foi denominado de “a maior catástrofe da história”, a queda do Império Romano do Ocidente. Com a mudança da elite militar e real para Constantinopla, Roma fica desprotegida, tornando-se alvo fácil para os chamados Bárbaros, que para os romanos eram todos os outros povos exceto romanos, gregos e judeus. Cobiçando as riquezas da província e a usurpação das terras, vinte e cinco anos após a morte de Constantino, no ano de 337, os muros do Império do Ocidente foram derrubados, As províncias indefesas agora são invadidas e em aproximadamente quarenta anos o império que existiu durante mil anos, era riscado do mapa.
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Na próxima semana fecharemos este capítulo com as causas desta queda. Até a próxima semana.
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Ao Eterno toda Glória.
Pr. Fabio Lima.