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A IGREJA IMPERIAL - Pt I

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A partir de agora estudaremos uma época da história relevante em seus acontecimentos,  tanto para o bem quanto para o mal, conhecida como a vitória do cristianismo.

Chegamos no ano 305, quando Diocleciano abdica o trono imperial, o cristianismo era terminantemente proibido, os que o professavam eram torturados e mortos em nome da fé. O Estado e seus poderes repudiavam os cristãos, até que no ano de 380, um imperador cristão assume o poder e o cristianismo é oficializado religião única a ser professada pelo Império. Uma mudança extrema de situação, os que antes eram vitimados em arenas enfrentado leões, desfrutam agora de lugar de honra junto ao trono.

Isso acontece em virtude de uma disputa ao trono, uma vez que Diocleciano abdicara,  dois personagens surgem na história,  Maxêncio que era favorável a perseguição dos cristãos enquanto Constantino possuía posição favorável, mesmo não sendo declaradamente confesso. Seus exércitos se enfrentam na famosa batalha na ponte Múvia sobre o rio Tibre no ano de 312, vencida por Constantino enquanto Maxêncio morre afogado no rio. O que não podemos deixar de comentar é a visão que Constantino afirma ter contemplado no céu e que motivou sua vitória, a inscrição de uma cruz luminosa que dizia " In Hoc Signo Vinces" ( Com este sinal vencerás) , símbolo este, a cruz, que adotou como insígnia para seu exército.

Em 313 Constantino promulga o edito de Tolerância que pôs fim às perseguições e em 323 finalmente assume o posto de Imperador Supremo de Roma, mesmo tendo uma conduta que não o retratava como exemplo de cristão era justo em algumas posições e cruel em outras.

Alguns bons resultados são relevantes neste período para a igreja como  o fim da perseguição,  igrejas são instauradas, fim dos sacrifícios pagãos,  os templos existentes foram designados para serem exclusivamente para cultos cristãos e o domingo foi proclamado como o dia de descanso para todos os fieis. Já no Estado foram a abolição da crucificação,  a repressão ao infanticídio,  a proibição dos duelos de gladiadores.

O que podemos relatar de prejudicial neste contexto e que mesmo com tantas regalias a igreja foi permissiva com alguns atos vistos como maus resultados tais como a aceitação de todos indiscriminadamente como membros da igreja, desde que se declarassem cristãos,  costumes pagãos foram introduzidos na igreja, a igreja se une ao Estado.

Com isso, as imagens dos santos e mártires começaram a surgir nos templos como objetos de reverência,  a adoração à Virgem Maria substitui a adoração a Vênus e a Diana , a Ceia do Senhor tranforma-se em "sacrifício"  em lugar de memorial da morte do Senhor e a figura do "ancião"  evolui de pregador para sacerdote.

Próxima semana a segunda parte da igreja imperial,  nasce o monasticismo.

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Ao Eterno toda glória.

Pr. Fabio Lima.

REFORMA PROTESTANTE - PARTE VII

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