A IGREJA PERSEGUIDA – PARTE I
O maior destaque desta fase, sem dúvida, foi a perseguição ao cristianismo por parte dos imperadores romanos. Embora não fosse contínua, era evidente e costumeira, tendo sua suspensão no ano de 313 quando o Edito de Constantino, o primeiro Imperador romano, fez cessar as iniciativas de destruir a igreja. Vejamos algumas causas que motivaram as perseguições aos cristãos.
O paganismo era frequente e aceitava toda e qualquer forma de adoração aos deuses, enquanto o cristianismo rejeitava a adoração de objetos ou ídolos existentes e importantes aos romanos e estrangeiros.
A adoração ao imperador também foi um problema para a igreja, uma vez que esta prática era considerada prova de lealdade.
O reconhecimento do judaísmo como única religião permitida foi abalada com a destruição de Jerusalém no ano 70, desta forma o cristianismo ficou isolado, sem qualquer lei que o defendessem, ou que os protegessem do ódio dos seus inimigos. Com receio de retalhação por parte do império, os cristãos se reuniam secretamente, isso gerou vários rumores de práticas imorais e criminosas da Igreja e a proibição de estranhos ao cristianismo na celebração da ceia do Senhor era causa de perseguição e acusações.
Entre os cristãos, havia um nivelamento social, não existia distinção entre os membros, até mesmo um escravo poderia ser bispo, o que era inaceitável aos olhos da nobreza. Eram considerados anarquistas e perturbadores da ordem social.
A igreja no período de 98 à 313 sofreu várias perseguições das quais vale ressaltar as de Trajano e de Antônio Pio, embora menos severa, preservava ao menos o direito de defesa aos cristãos quando pegos em discordância segundo as exigências da lei romana. Entre 161 e 180, vimos Marco Aurélio, considerado o melhor Imperador romano, foi pertinaz perseguidor dos cristãos por considera-los inovadores demais. Septimo Severo reinou depois da morte de Marco Aurélio, 193 a 211, tão cruel fora sua postura que era considerado o anticristo por muitos autores cristãos. Tivemos ainda Décio, 249 a 251, felizmente seu governo foi curto e as perseguições cessaram durante algum tempo. Logo após, Valeriano, 253 a 260, que também proporcionou algumas perseguições aos cristãos sem grande impacto como das anteriores.
Chegamos então a Diocleciano e Galerio, 284 a 311. A última e mais terrível das perseguições aconteceu neste período, vários efeitos determinaram a destruição de templos e que bíblias fossem queimadas. Exigiu que todos renunciassem ao cristianismo e a fé sob pena de perderem cidadania romana e a cobertura de lei.
Por fim, surge Constantino, filho de Constâncio, como co imperador expediu o memorável Edito de Tolerância no ano de 313. Por essa lei, o cristianismo foi oficializado e sua adoração tornou-se legal e cessou a perseguição, para não mais voltar durante o Império Romano.
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Próxima semana, a igreja perseguida Parte II.
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Ao Eterno, toda Glória
Pr. Fabio Lima