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Os Malefícios Da Vida Monástica Medieval

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         No texto passado falamos sobre a formação das ordens monásticas suas características peculiares, veremos agora um pouco das consequências desagradáveis deste sistema.

            A exaltação do celibato foi sem reservas a causa de maior descontentamento entre os fiéis. O monasticismo apresentava o celibato como a maior virtude da vida eclesiástica, porém, este conceito diverge das Sagradas Escrituras e contradiz a natureza da humanidade. Uma curiosidade é que a vida monástica foi adotada prioritariamente por membros de famílias nobres da época, trazendo uma clara ideia de exclusivismo, em contrapartida, os lares e famílias se constituíam não pelos melhores homens e mulheres, e sim por tantos que não possuíam ideais promissores e pensadores capazes de contestar ou ainda perceber o que a igreja lhes havia imposto.

 

            Outro fator relevante foi o aumento da riqueza e exacerbada luxúria dos mosteiros. Logo, vários mosteiros mergulharam na promiscuidade, depravação moral e ética, não mais servindo de parâmetro para os seguidores do catolicismo romano. Os mosteiros eram isentos de impostos, desta forma a única maneira de manterem suas orgias era a cobrança abusiva aos camponeses e demais famílias com maiores posses, chegando ate os ricos burgueses que não tinham representatividade junto a Igreja. Os encargos se tornaram tão pesados que finalmente culminaram com a extinção dos mosteiros.

  

            Não muito distante da realidade de alguns ciclos religiosos ou denominacionais de hoje, estamos em meio ao hibridismo quase idêntico ao da igreja monástica romana, há uma busca implacável pelo poder político em detrimento a autoridade ministerial, oferecendo uma “teologia” sem Deus um deus submisso à vontade “soberana” do homem. Em muitas comunidades cristãs a igreja primitiva deixou de ser um modelo inquestionável de perseverança, comunhão e oração. A manifestação do Espírito Santo tornou-se uma apoteose de insanidades completamente fora do que o apóstolo Paulo nos ensina em sua primeira epistola aos Coríntios 14.

           

            Mais grave que o hedonismo hodierno é o retorno da alienação de fiéis que, por falta de conhecimento, se perdem em sua fé e invertem suas prioridades quanto ao Reino de Deus, se esforçam em seus sacrifícios, mas de distanciam da santidade, querem estar no “altar”, mas não priorizam restaurá-lo muito menos buscar uma restauração pessoal, e esta, só é possível em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

           

Lembrando disso, nosso assunto é Reforma, chegamos então ao período dos precursores que nos levaram a ela. Até a próxima semana.

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Ao Eterno toda Glória.

Pr. Fabio Lima.

REFORMA PROTESTANTE - PARTE XXIV

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