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A Igreja Medieval - Parte I

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O período de culminância do poder papal pode ser atribuído entre os anos de 1073/74 a 1216/20, segundo alguns historiadores. De forma bem clara o poder da igreja era eminentemente absolutista, senão de direto, certamente o era de fato perante os fies e reinos da época de regência na liderança da igreja romana. 
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Neste cenário, mais uma vez daremos ênfase no Papa Gregório VII, embora fosse mais conhecido por seu nome próprio, Hildebrando. Este papa reformou o clero que havia se corrompido e deteriorado em pouco tempo, suspendeu a prática da “simonia”, ou seja, a compra de cargos eclesiásticas e posição de destaque junto ao mais alto escalão da hierarquia da igreja e elevou as normas de moralidade de todo o clero, quando exigiu que todo o clero que adota-se o celibato, ainda que tal ato houvesse aprovação da igreja, não constava como obrigatoriedade,desta forma, vários sacerdotes não o praticavam dignamente. Gregório VII também separou definitivamente a igreja do Estado, este até então, era responsável pela nomeação dos Papas e bispos. No período de seu pontificado, Hildebrando se viu em um conflito com o imperador Henrique IV, uma vez que o Papa impusera a supremacia da Igreja sobre o Estado.
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O Imperador sentindo-se ofendido com tal atitude convoca um sínodo de bispos alemães onde tentara induzir a votar pela deposição do líder máximo da Igreja, o que não ocorreu. Em retaliação a postura de Henrique IV, Gregório excomungou o Imperador e isentou seus súditos da lealdade ao imperador. No entanto, Henrique IV ardilosamente golpeou o Papa com uma postura inimaginável, pôs de lado todas as possessões reais, com os pés descalços e vestido de lã, permaneceu três dias diante da porta do castelo do papa em Canossa, ate que conseguiu o perdão papal, ao conseguir, declarou guerra ao papa e o retirou de Roma.
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Outro papa que demonstrou grande poder foi Inocêncio III, ele em seu discurso de posse declara: “ O sucessor de São Pedro deve ocupar uma posição intermediária entre Deus e os homens. É inferior a Deus porém, superior aos homens. É juiz de todos, mas não pode ser julgado por ninguém.” Não satisfeito com esta afirmação Inocêncio ainda ressalta que ao papa fora entregue não somente toda igreja, mas também o mundo inteiro e o direito de à corroa imperial e todas as outras coroas de poder.
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Uma série de fatos e demonstração de autoridade ocorreram por intermédio de Inocêncio, podemos citar a deposição de Oto de Brunswick, colocado no poder pelo próprio papa, alegando insubordinação. O papa assume o governo de Roma estabelecendo um Estado sob governo do papado, o que mais tarde seria conhecido por “Estado da Igreja”.
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Por todos estes atos, Inocêncio é considerado um dos mais elevados líderes do poder autocrático, sobre tudo, jamais chegaria a este status de autoridade se não fosse precedido pelo brilhante Hildebrando.
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Próxima semana, falaremos sobre as principais causas da decadência papal.
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Ao Eterno toda glória.
Pr. Fabio Lima.

REFORMA PROTESTANTE - PARTE XII

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