A Igreja Imperial - A Queda de Roma e a Igreja dos Bárbaros
----
Nosso último texto trouxe algumas características da Igreja Romana e a queda do Império Ocidental, agora veremos o que causou sua queda.
As riquezas do Império eram a principal fonte de cobiça dos povos vizinhos, os romanos os chamavam de Bárbaros como vimos anteriormente. As forças decadentes do império romano eram também formadas por muitos destes bárbaros que, em um súbito de patriotismo deixavam o exército romano e se juntavam a seu povo, de aliados, agora se tornavam inimigos, nenhuma nação que possui estrangeiros para defendê-la consegue longevidade em sua liberdade. Roma então se encontrava enfraquecida em seus recursos humanos e devido às inúmeras guerras civis enfrentadas em tão pouco tempo.
Durante aproximadamente noventa anos, vários chefes foram proclamados imperadores em um total de 80 e todos reclamavam um coisa em comum, o trono. Várias tribos invadiram o reino, dentre eles os Visigodos, os Vândalos, os Burgundios, os Francos, os Anglo-saxisônicos e os Hunos. Dos supracitados, vale ressaltar este último, os Hunos.
Dirigidos pelo cruel Átila, os Hunos invadiram a Itália e ameaçaram não apenas destruir o Império Romano como também todos os países que Roma governava. Contando com a ajuda de aliados como os Godos, Vândalos e Francos, Roma vence os Hunos na batalha de Chalons e com a morte de Átila os hunos não mais são encontrados e temidos como antes. Todavia, em virtude destas sucessivas invasões e divisões, o vasto império romano foi reduzido a um pequeno território ao redor da capital e no ano de 476, os germânicos e uma tribo pequena e aparentemente sem força, os Hérculos cujo rei era Odoacro, toma Roma, destrona o então imperador Rômulo Augusto, denominado de "Pequeno Augustulo" e se auto proclama Rei da Itália, desta forma, o império romano do Ocidente deixa de existir.
Desde a fundação até sua queda, Roma desfrutou de aproximadamente mil e quatrocentos anos de glória e opulência na história. O império perdeu sua influência e poder, sobre tudo, a igreja e os papas desfrutaram ainda de prestígio, desta forma, temos no século V um Estado derrotado e uma Igreja que conservava sua posição imperial.
Finalizamos este texto citando alguns dos maiores referencias de liderança da igreja neste período, são eles: Atanásio (269-373), maior opositor do arianismo, Ambrósio de Milão (340-397), João Crisóstomo (345-407), apelidado de “Boca de Ouro” por sua eloqüência inigualável, Jerônimo (340-420), sua maior obra foi tradução da Bíblia para o Latim conhecida como Vulgata Latina e por fim Agostinho (354-430), foi Bispo de Hipona e considerado o maior Teólogo depois do Apostolo Paulo.
----
A seguir abordaremos o período histórico conhecido por Medievo, a Igreja Medieval. Até a próxima semana.
----
Ao Eterno toda Glória.
Pr. Fabio Lima.