"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” (João 13.34)
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O título desse texto é uma referência a uma música bem bacana da Banda Catedral. E que infelizmente, a cada dia, obtemos a resposta: Nós mesmos. Sim, as pessoas podem acabar com o amor e com o afeto. Podemos transformar esse sentimento maravilhoso em ódio, rancor, ressentimento.
Mas, você deve estar se perguntando: Do que ele está falando? Vou te explicar. Há uns dias atrás um pastor, que exerce o cargo de vereador no Rio de Janeiro, Otoni de Paula Jr., escreveu um texto onde havia fotos da cantora Anitta em gestos obscenos e ele usou termos muito fortes comparando-a com uma garota de programa e usando o termo “vagabunda de quinta”. (Nesse momento que escrevo o artigo, ele já consertou o termo usado, mas manteve a essência do texto).
Ao olhar o exemplo de Jesus, é fácil identificar os momentos onde o Mestre não compactua com o pecado, mas se compadece do pecador. Onde Cristo, na sua essência de amor, trata o pecador como alguém que carece de ajuda e não de dedos apontados. É óbvio que devemos combater o pecado e sua proliferação e os maus exemplos estão ai pra isso. Como alguém, que sempre trabalhou com os jovens, fico triste porque mesmo com todo cuidado, com todas as lutas que passamos para dar bons exemplos, as péssimas referências sempre são seguidas. Mas isso não me dá o direito de julgamento, de rótulo de alguém que faça isso ou aquilo.
Mais uma vez recorro ao exemplo de Cristo, que em João 8, se vê em um desafio que nos serve de inspiração. Uma mulher pega em adultério e uma sociedade esperançosa em fazer “justiça”. Não vamos entrar no mérito da questão, mas Jesus, nesse episódio, nos ensina que mais do que a morte, nos interessa a vida. Que antes de qualquer conclusão, há uma oração, uma palavra de fé e de saída. Sim, as pessoas querem a saída. Não cabe a nós contestarmos ou avaliarmos em que nível de espiritualidade está a pessoa A ou B. Mas Deus quer de nós que estejamos sempre prontos a perdoar, a mostrar o caminho certo, a ajudar no momento da aflição e do sufoco, a acolher o perdido.
Repito: Não concordo com o que ela faz, muito menos incentivo os jovens de hoje a seguir o seu exemplo. Mas o mundo espera de nós outra atitude. Não deixemos o amor acabar. A revolução que precisamos fazer nesse mundo passa pelo amor e nunca em atirar a pedra. Deus te abençoe!
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A Paz de Cristo a todos!
Pr. Felipe Narciso