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Não é raro ouvir relatos de pessoas alegando que a situação social, financeira e até mesmo de saúde pioraram após a conversão. É notório o crescimento do número de evangélicos em nosso país. Muitos estão alocados em grandes igrejas lideradas por homens, que dialogam pouquíssimo com a Bíblia. A pergunta que reverbera em nosso meio é: como sobrevivem as pseudo-igrejas durante tanto tempo? Simples, todos os dias, milhares de brasileiros acordam desempregados, humilhados e doentes. Com esse vislumbre caótico, aproveitadores da fé, ofertam uma saída: venha para Cristo e pare de sofrer. O intrigante é que, enquanto estes pseudos-pastores convidam ao povo a parar de sofrer, o evangelho nos convida exatamente ao contrário. Afinal, o apóstolo Paulo foi convocado para servir a Jesus e nas suas credencias ao evangelho, estava registrado o quanto deveria padecer pelo nome de Jesus (At 9.15,16). Enquanto o falso evangelho convida a parar de sofrer, o verdadeiro evangelho convida para o sofrimento (2Tm 2.3).

Ainda falando de Paulo de Tarso, quando começou seu ministério, este homem foi capacitado de dons extraordinários. Quando alguém tocava nas roupas de Paulo de Tarso e se apropriava de seus lenços e aventais, era curado (At 19.11,12). Entretanto, o relato bíblico avança e já quase no final de sua carreira ministerial, vemos o apóstolo Paulo deixando para trás Trófimo, um amigo que estava doente (2Tm 4.20). Em Jerusalém, Paulo curava, mas em Mileto acabou o seu poder?  Quando escreve ao seu discípulo Timóteo, o velho apóstolo diz que somente Lucas está ele (2Tm 4.11). Neste triste relato de abandono, o que mais intriga é o fato de que há muitas narrativas de curas proferidas pelas mãos de Paulo, mas neste caso, não poderia curar a si mesmo, afinal, se Lucas, o médico (Cl 4.14) estava com ele é por que encontrar-se doente. Na despedida de Paulo, não o vemos desesperado, tampouco questionando por que o Senhor não o curou. Muito pelo contrário, o que observamos é um homem doente, mas cheio de gratidão: Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé (2Tm 4.7).

Por que Deus não cura certas pessoas? Não há um consenso formado. Alguns advogam falta de fé, outros dizem que não são merecedores, pois estão apenas buscando da cura de Deus, ao invés do Deus da cura. Muitos dizem que a vontade de Deus deve ser maior do que a nossa vontade. Enfim, não há uma harmonia para esta resposta. Todos nós carregamos nossas aflições, mas tais dores não podem nunca ser maiores que o amor que temos por Deus. Confiamos no poder e no amor Deus, mesmo nos momentos de profunda dor. A dor me aproxima de Deus e não ao contrário. Sabemos que Deus cura e continua fazendo isso por todos nós. Entretanto, a maior cura Jesus já realizou: foi quando Ele nos tirou do caminho de lama dos esgotos que nos conduzia rumo ao inferno. Nossas feridas, ocasionadas pelo pecado, recebeu a cura quando o Seu Sangue caiu sobre nós. Oramos para que Deus nos cure, mas se não curar, Ele certamente nos ensinará a conviver com a dor e o poder de Deus se aperfeiçoará através das nossas fraquezas (2Co 12.9).

Que Deus nos cure, mas que Ele não permita que sejamos deformados pelo mal, pois não há dor que dure para sempre. Ele vive e em breve se levantará.

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Paz, em Cristo, que nos chamou por sua palavra.
Pr. Romilton Lourenço

POR QUE DEUS NÃO ME CURA?

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