A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ E OS
500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE
“E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.” 2 Reis 4:22,23
O texto acima é um clássico sobre religiosidade versus espiritualidade. A espiritualidade daquela mulher sunamita, que viu o filho morrer em seus braços, mas que pela fé já o havia recobrado nos ensina e nos comove e antagoniza com a fria religiosidade do marido. Não farei agora nenhuma outra digressão teológica sobre este texto, porém o texto nos desafia e também nos pergunta: como vai a espiritualidade da igreja hoje? É uma pergunta fácil e difícil de responder. Primeiro porque acredito que espiritualidade passa bem longe de religiosidade. Espiritualidade está ligada ao caráter, a integridade, honestidade, fidelidade, santidade, e, começando no púlpito da igreja deve banhar a todos com profunda confiança em Deus e manifestações de honra. Por isso compreendo que a pregação deve ser um momento de profunda reflexão. E, só podemos refletir se conseguirmos, de fato, ouvir e entender o que se está falando. Então, por um lado há de existir um povo que deseja ouvir e por outro um pregador que tem o que falar e sabe e pode comunicar. Esse tem sido o meu objetivo há duas décadas, comunicar a fé.
Mas como podemos comunicar a fé? Bem, isso tem que ser pensado! Foi nesta intenção que presenteei a mim mesmo alguns livros, entre eles um entitulado “Pregos bem fixados”, e li esta semana mesmo. O livro fala de aspectos inerentes a pregação, e é de leitura fácil, rápida e saborosa. Byron Yawn , o autor, dentre tantas outras abordagens, trata especialmente da necessidade de originalidade e clareza na pregação. Ele insiste no fato de que muitos copiam alguém no momento de pregar, então o escritor alerta que o sucesso da pregação está ligado a espontaneidade e autenticidade do pregador na hora de expor a mensagem.
Fiquei muito feliz com este achado, pois, apesar de tantos anos pregando a Palavra ainda sinto que preciso melhorar, tenho estudado exaustivamente a Palavra de Deus com a intenção de ser mais preciso, simples, claro e objetivo ao entregar a mensagem. Desejo de todo coração que minha congregação escute a voz de Deus. Tenho a real intenção de que nestes dias tão difíceis, onde se escutam tantas vozes, aqueles que me ouvem saibam distinguir a voz do Espírito Santo vinda do púlpito, e, assim sejam conduzidos e apascentados por Ele. Espero sinceramente que, agindo assim, a resposta sobre a espiritualidade da nossa igreja seja igual ao da sunamita: “tudo vai bem!”
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Alcançados pela Graça
C. F. Henriques