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As Mutações do Nosso ser e a Graça de Deus -  Pt III

Efésios 2.1-10.

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As consequências da queda do homem no Jardim do Éden foram muito profundas e indimensionáveis. O que a bíblia elucida como morte é um desbotamento do ser-humano e um enquadramento sem precedentes em um estado trágico de contínuas quedas. Uma verdadeira separação de Deus! A queda foi um despertar do pecado que trouxe uma inclinação para o mal e uma abertura para o mau. Se não era o mal que já estava no ser-humano, no mínimo, o desejo era uma grande curiosidade do desconhecido e, o pagar para ver, no momento, se mostrou um preço pagável.

 

O fato que com a satisfação da curiosidade o casal se afastou do Criador. Esse afastamento não foi imediato; a vergonha só os fez ficarem cobertos. Não com a expulsão do Jardim; pois o local para onde foram, ainda que não fosse o Éden, não era um péssimo lugar, tendo em vista que eram os primeiros a habitarem a terra. Não foi pela criação de um altar, físico ou mental, até porque o altar só serviu para sacrifícios. Essa separação foi paulatina, através de invejas, desejos fortes, sentimentos facciosos, barganhas do homem com o homem, de sacrifícios de morte.

 

Milhares de anos se passaram desde a queda e o homem nunca conseguiu se aproximar do Eterno com essência. Todo esforço era esforço vazio, bem próprio de um indivíduo que tendencia constantemente para as coisas que são obras da carne.

 

As obras da carne são satisfatórias para a carne e por isso a dificuldade da separação delas. As suas ações no ser-humano são como um vírus que penetra o mais íntimo do indivíduo e o leva a um estado de mudanças constantes. As lentes com que o homem vê o mundo não são mais as lentes do Poderoso. As mudanças começaram no Éden, mas não têm fim em si mesmas, por isso da incapacidade humana de encontrar o Ômega.

 

Perto de uma praia residia um homem/jovem/filho/irmão/amigo/primo que diante de um fraquejar foi dilacerado mentalmente e se tornou um monstro diante dos que o cercavam. O mau entrou nele e seu estado animal tomou conta de seu ser e já não era possível encontrar alguém racional na caixa que se chama corpo. Vivia afastado de todos, pois fora vilipendiado, execrado, ultrajado, escorraçado, trancado em prisões, aprisionado com correntes e cordas como um animal indomável. Já não dormia ou se quer se alimentava comumente. Seu convívio era com os bichos, insetos, corpos de mortos, porcos, solidão do tempo.

 

A separação do homem dos outros homens só despertou ainda mais profundamente uma patologia drástica de mutações do ser. Não que acredite em lobisomem, vampiros, zumbis, mas esse homem certamente tornara-se como um.

 

Todo deserto com Deus é um caminhar de boa alimentação e hidratação. O Sol não passa de um agente fortificante, assim como o frio de um clima para uma noite satisfatória. Mas, certamente, todo deserto sem Deus é um cadavérico caminhar de destruições e dilacerações corpóreo-espirituais.  

  

As mutações no rapaz eram profundas e ininterruptas. Ao olhar dos seus conhecidos não tinha mais jeito, para os seus familiares a morte do corpo era só uma consequência. Já estava perto de pedras, quem sabe em um surto não bate a cabeça e morre? Ou ainda em uma alucinação não se joga do precipício? Ninguém podia fazer mais nada para ajudar, nem ele mesmo podia fazer, tendo em vista que suas cognições mentais estavam completamente anuladas. Mas em determinado DIA um Homem desembarcou na praia. Aquele era diferente e os males que destruíam o homem imediatamente O perceberam e por isso foram recepcioná-Lo. Eles não podiam submeter AQUELE  Homem às suas ações malignas e por isso não resistiram ao esplendor do Salvador e, sem titubeações, foram expulsos e em uma demonstração clara de suas intenções deram fim a uma manada de porcos.

 

No entanto, o homem/jovem/filho/irmão/amigo/primo havia voltado a viver. O que ninguém pode fazer, nem ele mesmo podia Jesus FEZ: libertou o homem da escravidão do pecado e concedeu, gratuitamente, vida e vida com abundância.

 

O que era impossível para o homem, para religião, para as pajelanças... Jesus FEZ! Por isso, hoje, podemos ter intimidade com Deus, não por méritos ou obras, mas pela GRAÇA. O que a religião não fez Jesus FEZ!

REFERÂNCIAS BÍBLICAS:

Gn 3 e 4 / Cl 3 / Rm 3, 4 e 5 / Mt 11:28-29 / Mt 8:23-27 / Mc 5:1-18 / Lc 8:26-39 / Jo 10:10 / Jo 8:36.

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Paz Perfeita

Pr. Diego Souza

O CLAMOR DOS OPRIMIDOS

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