“Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel. Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu”.
Salmos 22.23-24.
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Em determinada noite, em uma casa da rua, se ouviam gritos tão altos que assustavam todos que passavam próximo ao local. A casa estava terrivelmente tenebrosa, parecia uma cena de filme hollywoodiano. As paredes eram escuras, o chão trevoso. Existia uma áurea assustadora que potencializava o grito. Era incomum, na verdade eram vários gritos, mas que se uniam e se faziam como sendo um único. José pensava ser um bicho; uma assombração; um demônio. A única certeza que ele tinha é que testemunhava um acontecimento irracional. Dizia: isso é maligno! Como não pensar assim? Por mais que falamos de coisas “sobrenaturais” é racionalmente compreensível que o homem não é natural, logo o que passa disso gera sentimentos inimagináveis. Contudo, José era corajoso, o desconhecido o chamava e não podia se acovardar diante de tamanha experiência, por isso entrou na casa, tinha a chave da porta, conhecia cada cômodo, mas não estava preparado para ouvir tamanho grito: O QUE FAZES AQUI? Todo o seu corpo se estremeceu, não continha o barulho de seus dentes, um vento gelado o apoderou e em todo seu corpo podia sentir a morte, o mal e o desconhecido. Será que tinha feito o certo ao entrar naquele local? Certamente isso também passava em sua mente, mas como voltar agora que já tinha entrado? Não lhe restava outra alternativa que não fosse clamar pelo NOME que estava acima de todos os nome e assim o fez. Foi em cada cômodo, em cada canto da casa, entre os locais mais visitados e menos visitados. Ousadamente levantou suas mãos e conclamava que o SANGUE DE JESUS TEM PODER. De uma forma estranha toda casa se silenciou. Pensava que tudo tinha acabado e que a guerra havia sido vencida. Não se ouviam gritos ou sussurros, no local existia apenas silêncio. Ufa acabou: exclamou José. Não tinha outra coisa a fazer a não ser ir embora. Estava consciente da vitória e isso o encheu de orgulho e quase de forma narcisista se olhava. Estava saindo na porta quando um SER que parecia um homem disse: VOLTE! NO QUARTO O MAL AINDA SE ENCONTRA. Como podia ser verdade aquilo que ouvia? Ele conhecia todos os cômodos e partes da casa. Mas sem titubear AQUELE que parecia um homem o conduziu ao quarto que ficava dentro de uma parede. Não podia ser verdade, mas realmente o quarto existia. Na verdade o quarto sempre esteve ali. José sabia bem disso, pois em determinado momento de sua vida ele havia tapado aquela porta, pois já não queria mais ver o que tinha dentro. Ele era o dono da casa!
A porta tinha sido reaberta, os rebocos fraudulentos não tinham resistido ao forçar DAQUELE que o conduzia. A parede tapou a porta, mas não acabou com a existência daquele quarto. Não era possível o rever aquele cômodo, mas de uma forma sorrateira as lembranças voltaram e assim como as lembranças os gritos ecoavam ainda mais fortes, aquilo que ele escondeu voltou assombra-lo. Não tinha, humanamente falando, como aquilo estar acontecendo, mas ele havia aprendido que através do nome de Jesus todo mal tinha que sair e assim, de uma forma condicionada, o fez através de gritos de exorcismo que pareciam mais palavras vazias. Queria gritar mais que os gritos do quarto, o ouvir o que a voz dizia parecia ser irracional. Todavia em determinado momento a cama começou a se mover, o lençol tomar forma e lá estava na frente de José a forma do que tanto o assustava. Estava sobre os pés e sem limites estendeu, o que parecia ser os braços, em sua direção e em uma atitude abrupta demonstrou seu desejo de agarra-lo. Meu Deus! Gritou José. Contudo ele não podia desistir naquele momento, não naquele momento, por isso compreendendo seu estado regenerado entendeu o sentido da experiência e quando isso aconteceu de uma forma única conseguiu ver o rosto daquele lençol e para sua surpresa o que estava em sua frente era ele mesmo. JOSÉ ESTAVA OLHANDO PARA SI MESMO. Já sem medo clamou por Jesus e entendeu que o NOME DE JESUS também é libertação, naquele caso, dele mesmo.
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“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”
Romanos 7.24
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Paz Perfeita
Pr. Diego Souza