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As Escrituras nos dizem três coisas a respeito da natureza de Deus:  "Deus é espírito" (João 4:24), "Deus é luz" (1 João 1:5), o que é oposto às trevas e "Deus é amor" (1 João 4:8). Não é simplesmente que Deus ama, não é meramente um dos Seus atributos, mas sim a Sua própria natureza.

Muitos hoje falam do amor de Deus, mas são completamente alheios ao Deus de amor. Na maioria das vezes se considera o amor divino como uma espécie de fraqueza amável, uma certa indulgência boazinha; fica reduzido a um sentimento enfermo, modelado nas emoções humanas. Pois bem, a verdade é que nisto, como em tudo mais, os nossos pensamentos precisam ser formulados e regulados por aquilo que é revelado nas Escrituras Sagradas. Que a urgente necessidade disto transpareça não só na ignorância que geralmente prevalece, mas também no baixo nível de espiritualidade atual que lamentavelmente se evidencia entre os cristãos professos. Quão pouco amor genuíno a Deus existe! Uma das principais razões disso é que os nossos corações pouco se ocupam com o Seu maravilhoso amor por Seu povo. 

Quanto mais conhecemos o Seu amor — sua natureza, sua plenitude, sua bem-aventurança — mais os nossos corações serão impelidos a amá-Lo.

Nenhuma língua pode expressar plenamente a infinidade do amor de Deus, e nenhum intelecto pode compreendê-lo: "... excede todo o entendimento..." (Efésios 5:19). 

Como em Deus "... não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17), assim o Seu amor não conhece mudança nem diminuição. 

O amor de Deus não é regulado por capricho, paixão ou sentimento, mas por princípio. Exatamente como a Sua graça reina, não às suas expensas, mas "pela justiça" (Romanos 5:21), assim o Seu amor nunca entra em conflito com a Sua santidade. Que "Deus é luz" (1 João 1:5) se menciona antes de dizer-se que "Deus é amor" (1 João 4:8). O amor de Deus não é mera fraqueza boazinha. As Escrituras declaram: "... o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho" (Hebreus 12:6). Deus não tolerará o pecado, mesmo em Seu povo. O Seu amor é puro, e não se mistura com nenhum sentimentalismo piegas.
 

O amor e o favor de Deus são inseparáveis. Esta verdade é exposta claramente em Romanos 8:32-39. O que é esse amor, do qual, nada nos pode separar, percebe-se facilmente pelo propósito e alcance do contexto imediato: é aquela boa vontade ou beneplácito e graça de Deus que O determinou a dar Seu Filho pelos pecadores. Esse amor foi o poder impulsivo da encarnação de Cristo: "... Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito..." (João 3:16). Cristo morreu, não para fazer com que Deus nos amasse, mas porque Ele amava o Seu povo. O Calvário é a suprema demonstração do amor divino. Leitor das Coluna Curtinhas, sempre que você for tentado a duvidar do amor de Deus, volte ao Calvário.

Há aqui, pois, farta causa para confiança e paciência sob a aflição debaixo da mão de Deus. Cristo era amado pelo Pai, porém Ele não foi eximido de pobreza, humilhação e perseguição. Cristo teve fome e sede. Assim, quando Cristo permitiu que os homens cuspissem nEle e O golpeassem, isso não foi incompatível com o amor de Deus por Ele. Portanto, que nenhum cristão questione o amor de Deus quando passar por aflições e provações. Deus não enriqueceu a Cristo na terra com prosperidade temporal, pois Ele não tinha "... onde reclinar a cabeça" (Mateus 8:20). Mas Deus Lhe deu o Espírito sem medida (João 3:34).Que possamos aprender, que as bênçãos espirituais são os principais dons do amor divino. 

O amor de Deus por mim e por todos e cada um dos que são "Seus" não foi movido nem motivado por coisa nenhuma em nós. Que havia em nós que atraiu o coração de Deus? Absolutamente nada. Ao contrário, porém, havia tudo para O repelir, tudo na medida para levá-lo a nos detestar — sendo eu pecador, depravado, corrupto, sem "nenhum bem" em mim.

Portanto, como Deus não teve princípio, Seu amor também não teve. Mesmo concedendo que esse conceito transcende o alcance das nossas frágeis mentes, contudo, quando não podemos compreender, podemos inclinar-nos em adoração. Como Jeremias 31:3: "... com amor eterno te amei, e com benignidade te atraí"! Que bem-aventurança saber que o grandioso e santo Deus, nos amava, antes do céu e a terra terem sido chamados à existência

"Seu amor não se mede e não conhece fim, nada pode mudá-lo, nem seu curso. Eternamente o mesmo, sem cessar Flui do manancial eterno.
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Alberto Araújo 
Seminarista e Estudante de Engenharia

O AMOR DE DEUS

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