As madrugadas já não são tão silenciosas como antes. No dia a dia percebemos como o mundo está barulhento; buzinas, barulho de motores, som das lojas, casas e instituições religiosas. Pessoas falando, gritando e às vezes berrando. Programas televisivos propagando as suas verdades, ainda que sejam inverdades (mentiras). Pessoas indo e vindo sem rumo, mas impulsionadas pelo “espírito deste século” que traz tantas inquietações e ansiedades. Somos um povo que ouve muitas vozes, pois muitos falam, mas infelizmente poucos dizem alguma coisa útil. Podemos afirmar que esse é um tempo de muitas informações, mas pouco aprendizado. Nossa mente, no decorrer do dia, recebe tantas informações que parece que de fato nos tornamos lixeiras ambulantes. Penso que não foi por acaso que João, o batista, aquele que batizava, foi anunciado mais de 750 anos antes de seu nascimento como a VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO. Aquele que ENDIREITARIA O CAMINHO PARA O SENHOR e que anunciaria a VINDA DO REINO DOS CÉUS. Is 40:3 / Mt 3:1-4. Existem inúmeros tipos de desertos, mas todos possuem a característica da solidão e dificuldades. Nem sempre possuem falta de alimentos ou bebidas, mas dependendo das circunstâncias essas coisas de nada servem. Estamos em um contexto onde não nos faltam as coisas primárias para existência, pelo menos no Brasil, mas isso não significa que não estejamos vivendo em um deserto. As pessoas vagueando, indo e vindo, sem destino e orientação (parece que perderam a bússola da alma). Perderam o timoneiro. Lançaram-se ao alto mar da vida sem um guia, chefe, sem o que estabelece o curso e o caminho. Estamos vivendo um DESERTO EXISTENCIAL! Nunca nos deparamos com tanta degradação humana. Pessoas por não saberem onde querem chegar ouvem qualquer coisa e descobrem no final que correram atrás do vento. Trabalham, casam, estudam, mas pra quê? Parece que estamos começando viver o problema que a Inglaterra viveu na época a Revolução Industrial: pelo fato das pessoas trabalharem tanto e não cuidarem das coisas essenciais os seus filhos (uma grande parte) se enveredaram para vida do crime e eram tantos os condenados que as cadeias já não tinham lugar para recebê-los dignamente. As pessoas, por causa desse deserto, acabam cometendo atrocidades inimagináveis: matam, violentam, mentem, roubam, batem, comentem suicídio. Gn 6:1-5. Esses precisam ouvir a mensagem dos Céus. Jesus em determinado momento de sua vida se referindo ao povo disse que são ovelhas sem pastor. Mt 9:36. E que a única forma de VIVEREM seria ouvindo a sua VOZ e o SEGUINDO. João 10:27-28. Em um mundo de tantos barulhos e vozes existe UMA que continua ecoando, às vezes quase que imperceptível, pois são muitos os sons, mas basta parar, se aquietar e assim como em uma experiência na natureza simplesmente OUVIR, não o que querem que ouçamos, mas AQUILO QUE DE FATO NOS TRAZ CONTENTAMENTO E SATISFAÇÃO. Quando isso acontece percebemos a melodia das árvores, o canto dos pássaros, a sinfonia dos mares, o coro da terra e todos respondendo com amor a VOZ. Essa VOZ tem falado antes da existência do mundo, na época dos antigos falou de muitas maneiras, mas hoje podemos entendê-la como ELA É, em sua essência, sem parcialidade, mas em sua FORMA PLENA. Essa VOZ não é João, o batista, pois o mesmo era só um ECO DA VOZ. Não foi nenhum homem posterior ao maior dos homens. ESSA VOZ É JESUS, o MESSIAS DE DEUS! Ainda hoje podemos ouvir essa VOZ.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11:28-30.
----
Ouça:
Links https://www.youtube.com/watch?v=hxeg92URFoU
https://www.youtube.com/watch?v=ybaVmmFH7M4
----
Paz Perfeita
Pr. Diego Souza