Estava no Metrô do Rio de Janeiro, num daqueles dias bem cheios, diante de mim, após sentir cotovelos nas costelas, ouvir xingamentos e palavrões, olhei e vi a tatuagem no pescoço de um inquieto jovem, que entrou a força na já apertadíssima composição, saltava aos olhos de todos as palavras em forma de colar "Jesus Cristo vive!"
Fiquei examinando meus pensamentos, vasculhando o porque de alguém tatuar estas palavras centradas na nuca. Seria uma mensagem para quem está atrás dele? Seria algo que ele realmente acredita? Ou seria um amuleto ou a reprodução de frases soltas? Teria ele noção do que significa Jesus estar vivo? E se tivesse noção, será que teria permitido alguma influência do cristo redivivo sobre ele? Naquele momento, não tive respostas satisfatórias. Minhas lentes culturais certamente obnubilavam minha avaliação.
Uma reflexão coube, percebi que também em mim deveria estar grafado, jamais tatuado na superfície da pele. O escrito indelével no coração, nos desejos mais profundos e ocultos que se evidenciasse nas minhas atitudes, no meu linguajar, nos meus pensamentos que Jesus Cristo está vivo em mim, e, isto alterou todas as minhas perspectivas, ações e reações.
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Alcançados pela Graça.
C. F. Henriques