Ninguém é líder, se não tiver junto com ele pessoas que acreditem na sua causa e resolvam se juntar a ela. Pensemos no texto da vocação de André e Pedro, quando Jesus os convida a serem pescadores de homens (Mateus 4:19). Como sempre, nosso exemplo de liderança é Jesus. Como Ele conseguia fazer com que pescadores deixassem o mar, que cobradores deixassem a profissão, ou uns outros deixassem a corrupção? Vendo jesus agir, surge o desafio: como fazer com que as pessoas comprem nossas ideias?
Jesus era perito em tudo o que fazia. Ele sabia as necessidades das pessoas à sua volta e sabia quem poderia convocar para auxilia-lo. Aparentemente, a equipe de Jesus era a pior possível: despreparados, rudes, diferentes uns dos outros. Como esperar que aqueles homens pudessem fazer parte daquele projeto? Como imaginar que eles levariam a coisa à frente quando Jesus não estivesse mais fisicamente com eles?
Jesus não tinha uma equipe perfeita. Não tinha os homens mais preparados. Mas tinha paixão pela sua missão e essa paixão contagiou os homens que o seguiam. Eles queriam fazer parte daquilo. Não era apenas uma boa retórica bem construída. Eram palavras de vida, repletas de sinceridade, que traziam o maior plano já elaborado: a redenção da humanidade. Jesus sabia qual era sua tarefa e chamou gente para seu staff.
Uma reclamação frequente de muitos líderes é exatamente essa: como fazer pra mexer com as pessoas? Uma frase que sempre se repete: ‘o pessoal lá da igreja é muito devagar’. Pode até ser. Mas se a liderança tem um foco e sabe onde quer chegar, está comprometida com sua missão e faz daquilo o alvo de sua atuação, essa liderança vive e fala de seus projetos com paixão, motiva e incendeia as pessoas em volta para que participem.
Porque sabia das necessidades das pessoas a sua volta, Jesus conhecia suas realidades sociais, políticas e espirituais. Ele tinha uma saída para aquilo tudo. Acreditava firmemente na realidade do Reino de Deus. Vivia o Reino. Respirava o Reino. Sua motivação contagiava as pessoas. Sua paixão era visível. Não restava outra coisa a fazer depois de conhecer sua proposta: aderir.
Nossa proposta ainda é a mesma: implantar o Reino de Deus na Terra. Um reino de paz, justiça, amor, poder do Espírito Santo. E temos que fazer isso num mundo indiferente, violento, caótico, oprimido de muitas maneiras. Mas algo nos anima: conhecemos uma saída. A questão é: acreditamos nela a tal ponto que vamos contagiar os outros e faze-los andar conosco? Se acreditamos e vivemos isso com paixão, certamente muita gente vai querer se juntar a nós nessa jornada.
Que Deus nos abençoe!
-----
Pastor de Jovens e Adolescentes
Pr. Vinicius Vargas Machado