“Ministério – Sacro-Ofício ou Sacrifício?”
“Portanto tudo sofro por amor dos escolhidos...” (2 Tm 2.10)
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O tema “ministério” ainda é muito mal entendido entre os “chamados” vocacionados de hoje. Uns pensam se tratar de uma carreira profissional. Alguns acreditam ser uma opção religiosa. Outros, ainda, pensam que diz respeito a um ofício sagrado, semelhante aos monges budistas ou oficiais maçônicos. Todavia, há os que sabem e discernem que o ministério que “recebemos do Senhor para darmos testemunho do evangelho da graça de Deus” é, acima de tudo, um auto-sacrifício. Isto porque quem abraça o ministério não pode ter “em nada a vida por preciosa”. Com a única condição de que esta vida seja considerada preciosa pelo propósito de ser usada para o cumprimento deste ministério. Daí, a minha peremptória afirmativa: o ministério é mais que um ofício sagrado; é um ato de sacrifício que, voluntariamente, aceitamos do Senhor que nos chamou. Paulo disse a Timóteo: “Sofre, pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus Cristo” (2 Tm 2.3).
Nesta assertiva desejo despertar os que aspiram o ministério como fonte de renda, como status quo ou como herança familiar, para a realidade de que ministério é sacrifício. Digo isto pelas razões seguintes:
Ministério é sacrifício pois leva-nos ao serviço. Jesus disse que os “primeiros” deveriam ser antes de tudo os “últimos”. Ele também disse que não veio para ser servido, mas para servir.
Ministério é sacrifício porque é de caráter altruísta. Leva-nos a valorizar mais o outro do que a nós mesmos. No ministério o outro sempre tem mais valor que nós. Paulo disse para os coríntios “não busco o que é vosso, mas a vós” . Tem sido assim com você?
Ministério é sacrifício porque é necessário sacrificar nossos projetos e vontades diante do altar dos propósitos eternos de Deus. No ministério os projetos que prevalecem são os projetos divinos para nós.
Ministério é sacrifício pelo fato de nem sempre sermos valorizados e credibilizados pelos que são alvos de nosso ministério. Nem sempre os que nos ouvem nos valorizam. Paulo disse aos irmãos de Corinto que apesar de mesmo amando-os cada vez mais, sentia-se menos amado por eles (2 Co 12.15). É assim no ministério: não devemos esperar retorno.
Não sei que ministério você tem recebido do Senhor, mas de uma coisa sei: não aceites qualquer ministério se não estiveres disposto a por ele pagares um preço. Pois MINISTÉRIO É SACRIFÍCIO.
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Nele, em quem sou e a quem sirvo!
Pr. Adriano Moreira