“Crises Comuns na Liderança - Parte IV”
“Portanto tudo sofro por amor dos escolhidos...” (2 Tm 2.10)
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Afirmamos nos textos anteriores que não há como pensar em liderança sem falar em crises. Elas são parte essencial do ministério. Abordamos nos dois primeiros textos as quatro principais crises internas de uma liderança. No texto anterior mencionamos duas crises externas pertinentes à vida de um líder. Nesta oportunidade citarei as outras
Estas considerações baseiam-se nas crises abordadas por Paulo em suas cartas pastorais direcionadas aos jovens pastores Timóteo e Tito.
CRISES EXTERNAS
Estas são as crises que vem de fora para dentro. Não agem no interior do líder, mas ao seu redor e no seu ambiente de trabalho. Relacionam-se mais com os outros do que consigo mesmo. Se o líder triunfar nas crises internas será capaz de lidar com as externas. Vejamos mais algumas citadas nas cartas pastorais:
A CRISE DA CREDIBILIDADE (1 Tm 4.12-15) - Estamos vivendo uma crise de liderança. Credibilidade é a essência da liderança. Se você não crê no mensageiro dificilmente crerá na mensagem. Isto porque, nós confiamos quando as palavras do líder e sua vida combinam. Paulo ensina que o alicerce para liderança é caráter; não carisma (1 Tm 3.1-13). Saiba que quando líderes perdem a credibilidade é quase impossível recobrá-la. Veja o exemplo de credibilidade de Jesus, Mt 7.28,29 (autoridade = credibilidade).
A CRISE DA VALORIZAÇÃO MINISTERIAL (1 Tm 5.17,18; Tt 2.15) - Muitos líderes são críves, porém desvalorizados. A desvalorização é não reconhecer a capacidade, o desempenho, a devoção e os dons do líder. Eles podem ser pessoas de credibilidade, mas, ainda, não valorizados a altura de seus desempenhos e capacidades. Três coisas são detectadas por Paulo como causas da desvalorização de um ministro: 1) Sua idade (1 Tm 4.12); 2) Sua falta de progresso (2 Tm 1.6); e 3) Sua baixa auto-estima (2 Tm 1.7,8). A recomendação Paulina é: seja um exemplo apesar da idade; desenvolva o dom que há em ti e fortifique-se no poder do Espírito Santo.
A CRISE DE CONTINUIDADE NO MINISTÉRIO (2 Tm 2.2; 3.10,14) - Esta crise advém de dois problemas básicos: a falta de disposição em discipular, da parte dos líderes hodiernos, isto pelo medo de superação do discípulo e, conseqüentemente, a perda de seus postos; e, a falta de desejo de ser discipulado, da parte dos neófitos, pela razão de se acharem suficientemente capacitados para o ministério. Algumas verdades precisam ser ditas: 1) Não existe sucesso sem sucessor, Js 1.1; 2) O desenvolvimento de líderes é um processo em longo prazo; 3) Busque ver o líder dentro das pessoas, Jo 21.15; 4) Enfatize a produção (fruto); não a posição (cargo), 1 Tm 3.10; 5) O teste da liderança é quando alguém o segue, Jo 10.27; 1 Co 11.1.
Lembre-se: nas crises revelamos nossa verdadeira chamada e liderança!
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Nele, em quem sou e a quem sirvo!
Pr. Adriano Moreira