No dia 6 de janeiro de 1941, o presidente Franklin Delano Roosevelt falou ao congresso dos Estados Unidos sobre a situação da guerra na Europa. Muitas de suas palavras naquele dia foram esquecidas, mas no encerramento de seu discurso, Roosevelt disse que ansiava por um “mundo alicerçado em quatro liberdades humanas essenciais”. Especificou-as como: liberdade de expressão, liberdade de culto, liberdade da miséria e liberdade do medo. Suas palavras continuam vivas na memória de muitos, mesmo que esses ideais ainda não tenham se concretizado em todas as partes do mundo. Romanos é a “declaração da liberdade” do cristão, pois neste capitulo Paulo declara quatro liberdades espirituais que desfrutamos em decorrência de nossa união com Jesus Cristo. Ao estudar este capítulo, vemos a ênfase sobre o Espírito Santo, mencionado treze vezes. “Ora o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17).
1. Liberdade do julgamento – Nenhuma condenação (Rm 8.1-4): O apóstolo não diz, em nenhum lugar da carta, “nenhum erro”, “ nenhum pecado”, “nenhum fracasso” nem mesmo “nenhuma tribulação”. É certo que provas virão, como canta o poeta, investidas do vil tentador, mas nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2. Liberdade da dívida – Nenhuma obrigação (Rm 8.5 – 17): Paulo afirma “ somos, pois, irmãos devedores, não à carne, como se constrangidos a viver segundo a carne” (Rm 8.12). Não temos obrigação alguma quanto a nossa velha natureza. Pode-se recordar a lição em Colossenses 2.14 “... e havendo riscado o escrito de dívida que era contra nós em suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”. 3. Liberdade do desânimo – Nenhuma frustração (Rm 8.18-30): repare do que o apóstolo trata nesta seção, ele fala de três gemidos: i) gemidos da criação (18-22); ii) gemidos dos cristãos (23-25); iii) gemidos do Espírito Santo (25-30). O contexto infere diretamente que nós, apesar dos sofrimentos e das lutas não devemos nos desanimar, pois, há quem interceda por nós e nos “assista em nossas fraquezas”. 4. Liberdade do medo – Nenhuma separação (Rm 8.31-39): reparem não há nenhuma condenação, pois compartilhamos da retidão de Deus, e a Lei não pode nos condenar; não há nenhuma obrigação, pois temos o Espírito de Deus que nos capacita a vencer a carne e viver para Deus; Não há nenhuma frustação, pois compartilhamos da glória de Deus, a bendita esperança da volta de Cristo. Não há qualquer separação, pois experimentamos o amor de Deus que nos une a Ele, reata e reconcilia. “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8.35).
Destarte, não precisamos temer o passado, o presente ou o futuro, pois estamos seguros no amor de Cristo.
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Alcançados pela Graça!
C. F. Henriques