"Uma doença que corrói a Igreja Genuína..." – 1 Cor 1.11,12
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Já nos primórdios do Cristianismo, o apóstolo Paulo anteviu, nestas simples palavras, o mais sério de todos os problemas, acompanhando a Igreja em toda a sua trajetória através dos séculos. Por que os irmãos daquela congregação posicionaram-se sob a influência isolada de três ministros e aparentemente um dos grupos escolheu dizer que era “de Cristo”?
Por uma interessante analogia, e analisando as possíveis razões daquelas tomadas de posição, podemos inferir que os mesmos problemas existem hoje, no âmbito da Igreja contemporânea. Antes de mais nada, gostaríamos de enfatizar que a dedução dos partidários desta ou daquela corrente não estava necessariamente traduzindo a realidade dos fatos. Vejamos, então, o que poderia estar pensando cada um daqueles quatro grupos, nos quais se subdividiu a igreja de Corinto.
Primeiro Grupo: “Eu sou de Paulo” (Graça Absoluta) os liberais. Os que se colocaram debaixo da égide paulina, basearam-se provavelmente na defesa da liberdade cristã, tão decantada nos escritos do apóstolo. Paulo apresentava o crente como um ser livre, desarraigado de quaisquer jugos impostos por injunções humanas ou por caprichos individuais. Ser livre, porém, não significa ser libertino. Licença não é licenciosidade. Permissão não é permissividade. Concessão não é salvo-conduto para uma vida mesclada de intemperança. O problema é que até hoje encontramos os partidários desta falsa interpretação da teologia prática exarada nos escritos de Paulo.
Segundo Grupo: “Eu sou de Apolo” (Intelectualismo Preconceituoso) os intelectuais. Apolo, ainda mais do Paulo, representava a cultura secular e teológica. A Bíblia descreve-o como um homem erudito, eloqüente, especialista em dialética, At 18.24-28. O grupo chamado “de Apolo” ainda hoje tem seus representantes – aqueles que acumulam conhecimentos e começam a ver nos menos aquinhoados pelo saber, uma sub-classe eclesiástica incapaz de atingir os altos píncaros de sua sapiência. Estes confundem ciência com sabedoria, pedantismo com experiência, psicologia com discernimento e filosofia com visão espiritual.
Você se identifica em um destes grupos? Reflita, pense e identifique-se. Continuaremos na próxima semana.
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Nele, em quem sou e a quem sirvo!
Pr. Adriano Moreira.