“Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério” – II Tm 4.11
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Em companhia de seu tio Barnabé, João Marcos acompanhou Paulo em sua primeira viagem missionária até Perge, de onde Marcos voltou, por motivos não declarados (At 13.13). Rejeitado por Paulo para a segunda viagem missionária, ele e Barnabé partiram para Chipre (At 15.38-40). O primeiro contato foi de decepção, insatisfação e desprazer. Um jovem que não conseguiu atrair os olhares de Paulo, e que nem foi capaz de conquistar a sua amizade. Em sua primeira atividade trouxe desconforto, a ponto de ter sido humilhado – “...a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra” - Atos 15:38. Marcos experimentou de Paulo toda a sua ingratidão por tentar vivenciar com este momentos inusitados, conhecendo publicamente toda a recusa deste apóstolo.

Não vou dizer que o jovem Marcos tivesse pouca experiência com Deus, nem que lhe faltou convicção, ou que ainda não era convertido, que talvez estivesse com saudades de casa, ou medo das dificuldades. A verdade é que Marcos não era um jovem qualquer, e Paulo sabia disso, naquele primeiro momento talvez o apóstolo tivesse que agir como agiu, mas já era grato a Deus por sua disponibilidade, mesmo que não estivesse ainda preparado. Por isso quando preso não perde tempo em dizer: “Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério”. O que vemos aqui é um sentimento de quem recorre por meio de suas memórias fotográficas, e talvez de cartas, o reconhecimento da importância deste AMIGO, que ele sabia que mesmo estando em uma situação que o desfavorecesse ele não o abandonaria. Paulo já havia experimentado o sentimento de gratidão, por isso naquele momento deseja expressar publicamente. 

Paulo não esquece de Marcos, por isso deseja estar perto dele, ele não negligencia a importância desse amigo.

Louvado seja o Senhor!
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Seu Servo 
Prof. William Paixão