SOMENTE CRISTO
Chegamos a um dos pontos mais impactantes de nossa abordagem, quando falaremos um pouco sobre a suficiência de Cristo para a salvação da humanidade.
Temos acompanhado ao longo da história uma secularização da fé evangélica que se dá em virtude da diversidade cultural ou “cultual”. A inversão ou perda de valores absolutos se tornaram naturais nos ciclos religiosos, substituíram a santidade e puseram em seu lugar a integridade moral como mais relevante para salvação, o arrependimento é desnecessário e irrelevante desde que se confesse. Claramente Cristo e seu sacrifício vicário deixaram de ser o centro da observação humana.
Contudo, como reformados, entendemos que a salvação é realizada unicamente através de Cristo, sua obra expiatória, absoluta, sacrificial e reconciliadora com o Pai, não necessitando de cooperação humana para tal, o homem recebe justificação por graça e benevolência do Eterno mediante a fé como abordamos no texto anterior.
Podemos elencar algumas semelhanças no comportamento religioso dos que se dizem cristãos hoje, com os do período medieval de nossa história. Inegavelmente Cristo morreu não apenas por nós, mas em nosso lugar, Ele literalmente nos substituiu a fim de que tivéssemos vida em Seu nome. Mas ao longo dos anos as características humanas de buscar certa autonomia e auto-suficiência se notabilizaram pela necessidade de participação conjunta na salvação.
Ao fazer esta afirmação me valho dos episódios que contemplamos nos “fantásticos e fantasiosos” espetáculos da fé que quando não trazem à tona a questão das penitências, prantos e comiserações, enfatizam a divinização do homem, agora com seu poder determinista e plena autoridade sobre o mundo espiritual. Não quero de forma alguma ser mal interpretado quanto a autoridade do homem segundo o coração de Deus e de uma vida piedoso, porém, jamais podemos esquecer ou negligenciar que tudo quanto somos ou fazemos é segundo a vontade do Eterno e para glória e honra dEle e não do “ministro”, “ apóstolo” ou quaisquer lideranças por mais influentes que sejam.
Não podemos comercializar a fé e condicionar as bênçãos ao “conteúdo” de nossas ofertas ou cooperação com obras de caridade. O sagrado Redentor não se corrompe com ofertas frívolas e ambiciosas do clero cristão ou dos supostos fieis ao cristianismo.
Concluo afirmando que devemos reverberar a glória de Cristo no plano de salvação. Ele é o único e suficiente mediador e intercessor da humanidade (Rm 8: 34 / 1 Tm 2:5), nos ensina que devemos ser sempre dependentes dEle quando em Mateus 7:7 nos diz: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.
Até a próxima semana, que o Eterno e “somente Sua graça” nos sustente.
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Ao Eterno toda Glória
Pr. Fabio Lima