ESPIRITUALIDADE, SUPORTE E EDIFICAÇÃO!
Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. Rm 15.1-3
Não por acaso, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito, ao escrever a igreja de Roma lhes deixa este grande legado. Isto é, no percurso por uma espiritualidade integral, o discípulo de Jesus, deve, acima de tudo, imitá-lo. Aliás, o que se depreende do termo “discípulo” é exatamente isto, “aquele que aprende com seu mestre”, sobretudo, olhando para seu exemplo.
Nesse sentido Paulo leva a igreja ao entendimento de que aqueles que são fortes (espirituais) devem suportar aqueles que são fracos, isto significa, que ser espiritual implica em ser suporte e edificador do outro. Suporte no sentido de que na comunhão da igreja, encontraremos aquelas pessoas que precisam de ajuda no sentido de não conseguirem, ainda, caminhar sozinhas, a estes devemos acolher e discipular e, edificador, no sentido de que somos chamados pelo Espírito a construir na vida destas pessoas. Muitas pessoas no exercício de uma espiritualidade que mais se parece com arrogância, para exortar alguém, humilham e, com isso desconstroem e até destroem; mas a espiritualidade genuína e integral é aquela que é resiliente em edificar. Tenho dito algumas vezes, que podemos dizer uma mesma coisa de duas maneiras diferentes, em uma iremos construir, edificar; mas podemos também, com uma falsa santidade e, espiritualidade medíocre, desconstruir e destruir a vida de pessoas.
Por outro lado, esta palavra do apóstolo se aplica também àqueles que ainda não fizeram sua decisão por Cristo e por seu evangelho. Pois se entendemos que a espiritualidade deve ser vivida de forma integral, ela também precisa de encontrar-se com aquelas pessoas que precisam do conhecimento e acolhimento de Cristo.
Como já vimos em outros textos desta série, “amar com o amor de Jesus é possível”, por isso, a espiritualidade integral nos desafia a entender, compreender, sentir e amar aquelas pessoas que algumas vezes têm resistido ao chamado amoroso do evangelho. Só o amor, resultado de uma espiritualidade genuína, conseguirá acolher a estes e edificá-los até que, ao ver Cristo em nós, não resistam ao seu chamado.
Por fim, é bom que saibamos que no exercício de uma espiritualidade genuína, muitas vezes teremos que desagradar a nós mesmos para agradar os outros, pois Paulo diz, no texto, que foi exatamente isto que Cristo fez e vivenciou.
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Por isso, que a espiritualidade vivida de forma integral nos ajude a suportar os mais fracos, sendo suporte e edificação para eles e, que nos encoraje a algumas vezes termos que abrir mão, até de direitos, em favor daqueles a quem amamos e devemos amar.
Deus nos ajude!
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Igreja Batista Jardim Brasil – Natal/RN
Pr. Valtenci Oliveira