Essa é uma pergunta que muitas vezes vem a nossa mente quando nos deparamos com uma situação complicada, difícil e até mesmo constrangedora. Porque sabemos que a obrigação do servo é servir, e como eu posso servir sendo mulher? Como posso alegrar o coração de Deus e fazer o seu ide sem entrar em conflito com os outros?
Passeando pela Bíblia me deparei com uma mulher que fez grande diferença no povo de Israel, o seu nome é Débora (Jz 4.4). Ela viveu nas montanhas de Efraim, entre Ramá e Betel. No meio do pecado e da idolatria, Débora permaneceu fiel a Deus e a Torá. Ela foi sábia e temente a Deus, e as pessoas se aglomeravam ao seu redor para pedir conselho e ajuda. Débora julgava debaixo de uma palmeira, ao ar livre. Lá, onde todos pudessem ouvi-la, ela advertia o povo judeu e os exortava a deixar seus maus caminhos e a voltar para Deus.
Toda a nação judaica respeitava esta grande profetisa. Numa época em que Israel andava aos tropeços e cada homem fazia aquilo que parecia certo aos seus próprios olhos ( Jz 17.6; Jz 21.25), Deus escolheu uma mulher de grande fé que estava disposta a segui-lo em obediência.
Eu, uma serva?
Sim, eu e você! Mulher que foi escolhida pelo Senhor para servi-lo em obediência e com coragem. Mulher que vive no meio de uma sociedade machista, pecaminosa, corrupta, idólatra mais que não se deixa corromper, porque sua fé e esperança está em Cristo - Débora era uma mulher com compromisso, como eu e você. Casada, mãe (aqui não sabemos se era mãe no sentido literal, mas aqui ela usa essa expressão em sentido figurado - Jz 5.7), profetisa e juíza. Sua vida pessoal não a impediu de fazer a vontade de Deus.
Lembre–se você é uma serva, a Bíblia ensina que o nosso tempo na terra é curto: “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg 4.14).O que contará para a eternidade não será aquilo que realizamos com nossas habilidades, mas o que Deus fez através de nós por meio de nossa fé.
Eu, uma serva? Sim, eu uma serva!
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Graça e Paz a todos!
Renata Lima