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“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo” - Romanos 7:14-21
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Quem é o “EU” de Rm 7? Muitas têm sido as respostas a essa questão, indicando a cada um, um rosto diferente. Estaria Paulo pintando um quadro de Adão? Estaria olhando para um espelho, como se fosse sua própria experiência? 

O Apóstolo Paulo nos apresenta dois retratos do cristão, o primeiro referente ao seu período anterior à conversão (Rm 7.7-13), e outro já como regenerado (Rm 7.14-25). Escreve uma história ilustrada do passado do seu próprio povo? Encena um “EU” teólogo, à procura da elucidação de seus dilemas soteriológicos? Ou estaria o apóstolo, em Romanos 7, colorindo vividamente a imagem de um não-regenerado com o único propósito de estabelecer forte contraste com a indisputável situação do regenerado no capítulo oito da mesma carta? 

Uma coisa que de fato podemos perceber no texto é a angustia que vive uma pessoa que sabe a vontade de DEUS, conhecedor da lei de DEUS, e que quer fazer a vontade de Deus e não e não consegui. O seu arbítrio esta escravizado ao pecado, esta amarrado a natureza pecaminosa. O seu querer, a sua vontade esta inclinado para mal, acorrentado ao mal, não podendo agradar a Deus. É isso que a lei provoca, o conhecimento, da nossa impotência. É só pararmos para examinar a nossa consciência. Quantas vezes pecamos contra Deus? Sabíamos que era errado, entretanto, fizemos. Sabíamos o certo e mesmo assim escolhemos o errado. 

“Porque de dentro, do coração dos homens é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem” - (Marcos 7.21-23).

O pecado não somente separa; ele escraviza. Além de nos afastar de Deus, ele também nos mantém cativos.

Como o pecado é uma corrupção interna da natureza humana, ele nos mantém escravizados. Não são alguns atos ou hábitos que nos escravizam, mas sim a infecção maligna de onde eles procedem. Muitas vezes, no Novo Testamento, somos descritos como “escravos”. Podemos nos ofender com isso, mas é a pura verdade. Jesus provocou a indignação de certos fariseus quando disse a eles: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Eles retrucaram: “Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?”

Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado”.

Por várias vezes, em suas epístolas, Paulo descreve a servidão humilhante imposta a nós pelo pecado:

Porque, outrora escravos do pecado…

Tiago nos dá um exemplo de nossa falta de autocontrole quando menciona a dificuldade que temos em refrear a língua. Em um capítulo bastante conhecido, repleto de metáforas, ele diz que se alguém “não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o seu corpo”. Ele destaca que “a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas”. A sua influência se espalha como o fogo; ela é “mundo de iniquidade” e está carregada de “veneno mortífero”. Podemos domar todos os tipos de feras e pássaros, ele acrescenta, “a língua, porém, ninguém consegue domar” - (Tiago 3.1-12).

Do que precisamos então? 

Precisamos de uma Maior intimidade com Cristo, aponto dos pensamentos do Senhor substituirem os nossos pensamentos e, então, moldamos nosso comportamento de acordo com a mente de Cristo.

"Ou a bíblia me fará evitar o pecado, ou o pecado me fará evitar a bíblia”

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Por...
Alberto Araújo - Seminarista

ESCRAVOS OU LIVRES

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