REPREENSÃO E CONVICÇÃO
“E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria. E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo. Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens” – Marcos 8.31-33
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“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” – João 16.8-11
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Uma das características de ser igreja é o congregar (Hb 10:25). Podemos cultuar ao Senhor em todos os lugares, pois o culto não se limita ao templo, mas o estar junto com os irmãos em uma Casa de Oração é algo dos Céus. O ser Igreja e congregar em uma igreja nos possibilita desenvolver dons, talentos e vocação, assim como crescer e amadurecer espiritualmente através de uma vida de comunhão tão própria dos que são filhos de Deus (Sl 133 / At 2:42-47).
O ser Igreja em uma igreja, além das possibilidades acima, também, nos permite alcançar os sem-igreja. A ação do convite e o relacionamento intencional acabam se tornando uma verdadeira pregação, que possibilita a ação do Santo Espírito do Senhor os convencendo do pecado e juízo. Essa ação só pode ser feita pelo Senhor, porquanto é o único que nos conhece completamente (Sl 139). Esse convencimento também é compreendido como CONVICÇÃO, pois os que alcançados foram, imediatamente, entendem a profundidade de suas ações pecaminosas e a ação redentiva do Senhor Jesus na Cruz e no túmulo vazio.
Por nos relacionarmos em uma Comunidade de Fé, assim como lido nos versículos acima de Atos dos Apóstolos, enfrentamos inúmeros desafios e problemas de condutas. Como se analisa uma conduta? Por estarmos falando de uma igreja, entendemos que a mesma deve ter como parâmetro para análise os princípios que a bíblia nos traz. Logo, as ações disciplinares, neste caso especificadamente, REPREENSÃO E CONVICÇÃO.
A repreensão era muito usada em casos que o desvio de conduta se evidenciava publicamente. Às vezes, infelizmente, cabe ao Pastor, ainda que lhe doa, o ser mais incisivo em suas colocações, para que, o todo, não seja afetado pela atitude de um ou outros poucos (Gl 2:11-14). Nos versículos base compreendemos isso justamente no REPREENDER de Jesus ao Discípulo Pedro que, depois te ter falado algo Divino, lamentavelmente, se sentiu tão alto que acreditou que poderia determinar o futuro de Deus. Nós, seres humanos, somos assim, queremos sempre o SER IGUAL A DEUS (Gn 3), por isso se faz tão necessário a REPREENSÃO em inúmeras situações. Sempre teremos a ovelha que quer direcionar o pastor com suas imposições, assim como a mão que quer ditar o funcionamento do pé, assim como de outras partes do CORPO. REPREENSÃO TAMBÉM É REALINHAMENTO.
É lógico que toda ação disciplinar não visa à destruição ao disciplinado, mas o crescimento. Por isso, ainda sendo necessária a mesma deve ser feita conforme o parâmetro das Escrituras e mergulhada no Amor do Senhor.
A igreja local é composta pela Igreja que faz parte da Família de Deus, cujo próprio Deus é o Pai (Ef 2:19), por isso os atos disciplinares precisam ser conforme a ação misericordiosa do Senhor, tendo em vista que disciplina visa a restauração (Hb 12:11).
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Na próxima semana teceremos considerações sobre o assunto: CORREÇÃO.
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Paz Perfeita !
Pr. Diego Souza