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Mas Jesus lhes ordenou: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais, pois o Reino dos céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas”. (Mt 19.14)
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Foi após um culto no lar de uma família muito querida em nossa igreja, que Camila, ganhou uma linda coelha. Lembro que aquela agitada e frenética bichinha não parava de comer, corria sem parar e deixava rastros por onde passava. Apesar da bagunça que fazia no quintal da antiga casa em que morávamos, éramos recompensados ao ver a alegria das crianças com aquele animal. A cena e o brilho nos olhos de Camila e as risadas de Leonardo sempre nos deixavam enternecidos. Foi numa sexta-feira fria, não sabemos ao certo o que aconteceu, mas naquela enevoada manhã em que éramos salpicados por um frio orvalho, Camila acordou bem cedo, e, como de costume, foi a varanda vasculhando a bem arrumada e muito aconchegante caixa-abrigo, seguidamente rompendo ao jardim procurando aquela bolinha de pêlo branco, que sempre vinha ao seu encontro ao ensaio da abertura da porta, e depois a seguia durante todo o dia, porém, desta vez teimava em não aparecer. A menina que trazia alfaces nas mãos estranhou, é claro, foi procurar mais amiúde e encontrou a pequenina e encolhida coelha molhada, jazia fria, endurecida, entre as folhagens das bromélias. Foi assim que pálida, Camila teve seu primeiro contato com a punição final. A dívida que todos devem pagar. A morte! Camila jamais havia sido espreitada tão de perto por algo tão terrível. Aquele inimigo voraz havia cruelmente levado Jullieth. Tivemos que pacientemente explicar. Dizer os motivos de ser assim. Falar que também as pessoas morrem, e, confortá-la afirmando que Cristo iria nos ressuscitar, e, que bastava acreditar e receber Jesus Cristo em nossos corações. Foi naquele dia que Camila, com as lágrimas escorrendo pelo rosto confessou racionalmente que desejava ter Jesus em sua vida. Leonardo Luiz, de soslaio, estático, também a tudo observava. Ao final do dia, Camila, que começara os primeiros passos na leitura aos quatro ou cinco anos de idade, folheando as Escrituras com a mãe, foi encontrada pelo texto do Evangelho de João e verificou: “se pedirdes alguma coisa, em meu nome, eu o farei”. (Jo 14.14). Então, após o encontro, bem mais que consolada. Alegre! Esperou que eu chegasse do trabalho. Afinal, eu era seu PAI e seu PASTOR! 


Quando cheguei, correu em minha direção e esbaforida, olhos brilhando, sorriso nos lábios, Bíblia nas mãos, disse com veemente felicidade: 
- Pai, Jesus irá ressuscitar Jullieth!
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Continua...
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Alcançados pela Graça!
C. F. Henriques

DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS

PARTE I

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