“Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico” - Lv 20:7e 8.
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Na série anterior falamos um pouco a respeito do culto, suas características e sua diversidade litúrgica denominacional. Para tanto, utilizamos a recomendação do Apostolo Paulo quando nosorienta uma postura de sacrifício, vivo, santo e agradável diante de Deus. Todavia, é pertinente argumentar: O que significa ser santo? O que nos impulsiona a viver em santidade? Quais parâmetros de santidade encontramos nas Sagradas Escrituras?
Uma das buscas mais perturbadoras dos cristãos é indubitavelmente uma vida de santidade. Ao longo de nossa jornada, almejamos este padrão tão explicito na Bíblia e em um primeiro momento isso nos parece impossível, uma vez que tentamos definir racionalmente uma postura espiritual que reflete diretamente em nossa conduta moral. Analisemos alguns aspectos que podem nos ajudar a melhor compreender que a santidade é possível aos santos e eleitos de Deus.
Em primeiro lugar as Escrituras Sagradas descrevem que a santidade é o habito de ser uma só mente com Deus, é odiar tudo quanto nosso Senhor odeia, amar o que Ele ama e comparar tudo com o padrão de Sua palavra. Não há como servir a Cristo sem possuir padrões irrepreensíveis. Vale ressaltar que somos sim pecadores, porém, justificados para não vivermos na prática do pecado.
Outra assertiva que nos auxilia na compreensão de santidade é que a inclinação dos santos será decisivamente direcionada para os preceitos de Deus, nunca haverá o desejo de entristecer o Espírito de Deus. Percebemos hoje que muitos até evitam o pecado, o que é primordial, o problema é o que fazem pelos preceitos errados, precisamos temer mais a desaprovação divina do que Sua correção, nosso prazer deve ser a reprovação do mundo e ser aceitos por Deus.
O escritor reformado J.I. Packer em seu livro Redescobrindo a santidade nos ensina que “um homem santo buscará a temperança e autonegação, lutará para modificar seus desejos carnais, crucificar sua carne com tentações e lascívias e controlar sua inclinações carnais.”
Nosso desafio durante os séculos de existência da humanidade, em especial após a queda, foi a reaproximação com nosso Criador, embora Ele jamais tenha se afastado de nós, perdemos a sensibilidade e a percepção de Sua proximidade. Viver em santidade é forma de resgatarmos esse equilíbrio, lembrando que sem a graça de Cristo isso é impossível. Tudo provém da graça do Eterno redentor.
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Ao Eterno toda Glória.
Pr. Fabio Lima