O Salmo 42 nos revela um salmista que não dispensa, que deseja, e que anela por estar, e pela presença de Deus. Mas, um salmista, também, que se sente abandonado por Deus. Contudo este mesmo homem espera que o Senhor se volte para ele algum dia novamente.
Os Salmos 42 e 43 constituem um único, tristemente e belo poema em que o escritor está exilado no extremo norte da Palestina (42.6). Aqui fica claro, também, que este redator era um levita exilado no meio de gentios (43:1); que ele era oprimido e que constantemente esses gentios, se achavam no direito, de questionarem sua fé (42:3, 10; 43:2).
O lamento de um homem que anseia por voltar ao templo em Jerusalém. Mas, que expressa primeiramente aspira, suspira, e que almeja pela presença de Deus (42.1-5), mas que depois se revela as profundeza de sua angústia (42.6-11), e por fim ora para que possa retornar.
Esse levita era um líder espiritual que havia conduzido grupos de peregrinos a Jerusalém para as festas prescritas, e que agora estava impedido de o fazer (84:7).
Era tempo de fazer essa jornada novamente, mas ele não podia ir; seu coração estava entristecido por sentir, e pensar que o Senhor havia se esquecido dele (42:9; 43:2).
Por isso faz uso da figura de uma corça ansiando por água em meio a uma seca muito prolongada.
Os Salmos 42 e 43 são cânticos extremamente íntimos, neles podemos observar o salmista oscilando entre a fé e o desespero em seu conflito com o Senhor.
Uma alma abatida, e desesperada. Mas, o V.7 diz que: “Um abismo chama outro abismo...” – Por que? Porque as correntezas e cataratas das cabeceiras do Jordão ilustram as ondas de tristeza que dominam este salmista.
Este salmista questiona o Senhor 11 vezes e se pergunta por que o Senhor não faz alguma coisa por ele. Neste Salmo podemos ver este levita passar por três estágios antes de chegar a vitória e a paz...
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Na próxima semana o seu primeiro estágio: Seu DESEJO.
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Seu Servo
Prof. William Paixão