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A Igreja Medieval - O Sacro Império Romano - Aula XVII

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            Continuando nossa jornada, abordaremos agora mais uma fase da história que se passa entre os séculos X e XIX na Europa. Parte deste continente possuía uma organização social e política única entre os vários povos e nações existentes, esta organização Estatal foi o Sacro Império Romano.

            A situação na Europa, especificamente na região situada a oeste do grande mar Adriático, até o surgimento deste poderoso império, era de instabilidade e desordem.  Suas províncias eram governadas por tribos ou clãs, em vez de Estados. Contudo, havia uma referência nominal para este império que, para alguns historiadores equivocadamente era chamado de Império Germânico.

            Neste contexto de intensa transição, surge um dos personagens mais relevantes da história, Carlos Magno. De família influente, neto de Carlos Martelo que no ano de 732 vencera a batalha de Tours, Carlos Magno reinava sobre uma tribo germânica, os francos, constituiu-se senhor de quase toda a Europa Ocidental. Em uma visita a Roma no Natal do ano 800, foi coroado pelo Papa Leão III como imperador Romano com o nome de Carlos Augusto, agora, este também era considerado sucessor de outros imperadores influentes do passado ressente de Roma, a saber, Augusto e o próprio Constantino. O legado de Carlos Magno é incontestável, sua administração foi regida por grande sabedoria e poder. Magno possuía outras características que o diferenciaram de muitos, ou quase todos de sua época, era reformador, conquistador, legislava com prudência, tinha grande preocupação com a educação e sobre tudo, foi um grande protetor da Igreja Romana.

            Contextualizando um pouco, percebemos que a tanto o império como a igreja romana nasceram ou se consolidaram em um ambiente de conquistas e imposições. Não podemos negligenciar que algo muito semelhante está ocorrendo com as instituições evangélicas de hoje, propositalmente faço a diferenciação entre instituição e a Igreja de Cristo. Precisamos compreender que, por mais influentes sejam os líderes das igrejas e seus métodos na busca de crescimento e evidência sejam eficazes, a centralidade de nosso culto precisa estar unicamente direcionada na adoração a Deus e não à personalidade como vimos na estrutura na igreja Medieval Romana.

Como prova disto houve a ruptura do Império e a separação da igreja Latina e Grega. Veremos este ponto na próxima semana, até lá.

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Ao Eterno toda Glória

Pr. Fabio Lima.

REFORMA PROTESTANTE - PARTE XVIII

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