“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11:1)
Hoje acordei com estranho e fugaz sentimento. Existe algo que eu deveria fazer. Mas o que é? Não sei. Seria ansiedade? Penso que não! É que a sociedade anda tão “complicada” que sempre, como pastor, penso que posso fazer algo a mais e melhor a respeito. Levantei rápido e saí. Percorria o caminho pensativo, batendo aquele papo com Deus, enquanto uma suave e gelada brisa deslizava pelo meu rosto, fui surpreendido por uma multicolorida borboleta. Pensava em como Deus criara um mundo tão belo, ao passo que lamentava o homem viver tão mal. Eram 5h45min, ainda havia uma teimosa penumbra, tinha que apressar o passo. Tão cedo?! Tão em cima da hora! É o corre-corre da vida. A marcha célere da jornada. Foi num “fio de luz” que disse para mim mesmo: a vida passa rápido, o que tenho que fazer, farei logo! A lepdóptera, símbolo inequívoco de transformação, fez martelar o pensamento: o mundo só verá a beleza da igreja se ela sair do casulo. Deixar a área de conforto. Se arriscar em ultrapassar o perímetro de segurança. Fui tomado por estas digressões teológicas-filosóficas e sociológicas, “tomado” é a melhor palavra!
Ora, na igreja tenho me esforçado por colocar na cachola dos que comigo estão, que podemos mudar o rumo das coisas e até superar as piores e mais avassaladoras crises. Desde que tenhamos, em Deus, muita fé. Fé? Mas o que é fé mesmo?
Fé é a serena postura e a capacidade sobrerracional de manter-se firme e fiel as suas convicções em quaisquer situações, mesmo em face da morte.
A fé é uma “postura-capacidade” que se verifica em alguém devido a sua fidelidade, piedade, bondade, disciplina, acuidade, determinação, persistência, perseverança e renúncia.
A fé vive o que não é, como se já fosse. A fé é a certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem.
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Alcançados pela Graça
C. F. Henriques