“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos” – Mateus 11.15-19
Parece que o versículo é destinado a adolescentes e jovens, contudo sabemos que não é somente para eles, mas para todos. No entanto, gostaria de fazer uso dele para os adolescentes e para os jovens que parecem estarem sempre vivendo momentos conturbados, onde várias mudanças parecem estar sempre ocorrendo.
Em 1984 o Ultraje a Rigor, lançou “Rebelde Sem Causa”, onde na primeira estrofe dizia:
Meus dois pais me tratam muito bem
(O que é que você tem que não fala com ninguém?)
Meus dois pais me dão muito carinho
(Então porque você se sente sempre tão sozinho?)
Meus dois pais me compreendem totalmente
(Como é que cê se sente, desabafa aqui com a gente!)
Meus dois pais me dão apoio moral
(Não dá pra ser legal, só pode ficar mal!)
Ou seja, se em 1984 estas questões surgiam imaginem hoje. O que nos leva a dizer que a pergunta de Jesus é bem atual – “...a quem assemelharei esta geração?”.
Piaget e outros explicariam o adolescente da seguinte forma - a adolescência, é uma fase de descobrimento, também é um momento onde o adolescente irá “solidificar" sua personalidade, por isso da importância dele experimentar várias versões de si mesmo.
E o jovem? Este que já passou da adolescência e que já até mesmo pensa em casar? Acho que cantaríamos o coro para eles:
MAMA MAMA MAMA MAMA
(PAPA PAPA PAPA PAPA)
Professor o que isso tem haver? Eu diria que tanto Jesus, quanto a música está nos mostrando que a vida é um desenvolvimento, onde as experiências devem criar uma nova pessoa, tudo isso na tentativa de descobrirmos e vermos o quanto estamos crescendo realmente. O adolescente dá, sim, importância a pequenas coisas, e isso é bom, mas o jovem precisa mostrar que ele cresceu, amadureceu, e que sua visão de mundo é outra. Suas atitudes devem ser diferentes, e não mais “semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes”.
Você precisa se reinventar, e deixar de ser adolescente, se não se encontrará sempre na condição de um Rebelde sem causa.
Próxima Quarta: Rebelde sem Causa – Parte II
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Seu Servo
Prof. William Paixão