Ela, às vezes, vem de repente, sem motivo, sem razão, sem avisar, sem dar sinais, e quando percebemos já estamos envolvidos. Dr. Martin Luther King diz que - "Chega um momento em que o silêncio é traição" – ou seja, precisamos falar. Mas, o que falar, se nossa vontade é de somente chorar, lamentar e prantear continuamente.
Quando o povo saiu do Egito, com eles – “Subiram uma mistura de gente...” - Ex 12.38ª – enquanto todos estavam juntos, caminhavam alegres e cheios de esperança demonstravam em seus olhares profunda gratidão. No entanto, a quantidade de pessoas que acompanhavam o povo, agora livre das mãos egípcios, nos aponta diversas procedências, o que nos faz acreditar que: Saíram pessoas de todo tipo, tentando tirar proveito, ou seja, àqueles que diziam acreditar em Deus, mas que estavam ali somente pelo que tinham visto Deus realizar. Diziam-se crer, mas suas mentes ainda caminhavam com sua cultura; eram escravos de seus deuses e não sabiam; em alguns momentos até se identificaram com a libertação por causa dos milagres, mas em seu interior continuavam vivendo suas vidas da mesma forma de quando estavam morando no Egito, ou seja, queriam os milagres de Deus, a benção do Senhor, mas não o Senhor da Benção.
Todo aquele que serve ao Senhor tem um cântico continuo, ainda que em alguns momentos se encontre vazio, triste, abatido e desanimado ele é vivo no seu falar, e em seu caminhar com Deus. Em alguns momentos pode até se calar, mas, só os lábios daquele que NÃO conhece o Todo-Poderoso é que se abre para reclamar, e murmurar.
Muitos até caminham conosco, cantam, pulam, dançam, participam de todas as atividades, principalmente os passeios, onde conseguimos reunir o maior número de crentes, mas ainda continuam vivendo os seus costumes, por isso não conseguem ver beleza nas pequenas coisas, e nos pequenos atos que nos são oferecidos por Deus.
É verdade que não temos motivos para ficar tristes, mas ficamos; não há razões para ficarmos hostis, mas, às vezes, somos; não há argumentos que justifique nossa aflição, agonia, e amargura, mas, às vezes, ficamos.
Talvez porque não consideramos algumas questões é que não encontramos embasamento para a nossa tristeza, por isso, talvez, nos vemos pensativos. Neste momento o verbo “FICAR”, é que vem a nossa memória nos mostrando, que não podemos ser chamados de amigos do evangelho.
O que tem haver isso?
O amigo do evangelho acha que tais sentimentos são normais, NÓS, por sua vez, agimos como Davi, confrontando a nossa alma: “Por que estás abatida, ó minha alma” – Sl 42.5.
O amigo do evangelho quando debilitado se entrega, rendendo-se as provações que lhe são oferecidas, mas o que cantamos é: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu”.
O amigo do evangelho, quando doente exige a cura, como se senhor fosse, mas aquele que serve faz das palavras de Jesus as suas: “Seja feita a tua vontade”.
O amigo do evangelho exige abraços, o servo abraça.
O amigo do evangelho exige ser guardado, o servo acredita nas palavras de Jesus: “Livra-nos de todo mal, pois Teu é o Reino”.
Como entender a tristeza?
A tristeza é uma informação que precisa da sua atenção.
A tristeza deve ser vista como um estado temporário, porém útil.
Todos nós sofremos a dor emocional, contudo precisamos aprender a evitar certos comportamentos, exercendo melhores escolhas em nossa vida. Precisamos orar pedindo ao Senhor que nos mostre o caminho correto, pois mesmo nos momentos em que nos encontrarmos tristes e abatidos, Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos, ou pensamos.
O Egito vai passar, o Senhor nos Libertará, e todos nós ainda seremos conduzidos por Deus mesmo no deserto; Ele nos alimentará; e se necessário abrirá o Mar novamente.
----
Seu Servo!
William Paixão