“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos” (Hc 3.2)
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Por todos os lados se ouve falar em avivamento. Nas pregações, nos seminários, nos congressos, nos encontros, em artigos e nas revistas. Não se fala em outra coisa. Eu pergunto: O que é avivamento? No Antigo Testamento o verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Todavia, não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.
O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão numa forma que expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. Ou seja, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus: "Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo? (Sl 85.6); “aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida "(Hc 3.2).
Encontramos no Novo Testamento grego um conjunto de palavras que expressam o conceito básico de avivamento. São elas: 'egeíro, 'anastáso, 'anázoe e 'anakaínoo. Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos ('anazopyréo em 2 Tm 1.6) ou uma planta que lança novos brotos e floresce novamente ('anaphállo em Fp 4.10).
No Novo Testamento grego as palavras supracitadas aparecem, no contexto de avivamento, apenas sete vezes, embora a idéia básica de avivamento seja sugerida com mais freqüência. Uma possível explicação para o uso escasso dos termos, em comparação ao Antigo Testamento, é que o Novo cobre apenas uma geração, durante a qual a Igreja Cristã desfrutou, na maior parte do tempo, um grau incomum de vida espiritual.
O que não é avivamento bíblico? Antes de falarmos sobre avivamento bíblico, acreditamos ser de grande ajuda uma abordagem rápida do que não é o padrão bíblico de avivamento. O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro AVIVAMENTO URGENTE, apresenta sete interessantes razões sobre o que não deve ser entendido como avivamento de verdade. Sou devedor ao dileto colega por suas pertinentes observações. Transcrevo-as em síntese: 1) Avivamento não é um programa agendado pela igreja; 2) Avivamento não é mudança doutrinária; 3) Avivamento não é mudança litúrgica; 4) Avivamento não é uma ênfase carismática unilateral; 5) Avivamento não é modismo; 6) Avivamento não é uma visão dicotomizada da vida; 7) Avivamento não é campanha de evangelização.
Nesta palavra introdutória sobre avivamento, duas verdades se impõem: Precisamos de um verdadeiro avivamento. Deus quer e precisa nos dar um grande avivamento. Que a sua oração seja: “Aviva, ó Senhor, a tua obra”.
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Nele, em quem sou e a quem sirvo!
Pr. Adriano Moreira