2 Timóteo 4:3-5
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Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.
Estamos em plena evolução e aprendizado. A cada dia uma coisa nova aparece e vira moda. Aquilo que era obsoleto vira prioridade e vice-versa. Um exemplo: Quem não se lembra dos orelhões. Telefones públicos que eram importantíssimos principalmente nos momentos de maior urgência. Hoje, estão esquecidos e largados. Todos têm celulares - ou a maioria das pessoas – e cada vez mais nos esquecemos dele.
No meio eclesiástico é a mesma coisa. Antes, há uns 30, 40 nos atrás, todos eram reunidos na igreja, ouviam a Palavra, oravam juntos, participavam de tudo e viviam muito bem assim. O tempo foi passando, as instituições foram evoluindo e aos poucos fomos nos ajustando às modernidades. Hoje, raríssimas exceções, igrejas tem culto voltado para as crianças. Ministério de jovens e adolescentes e até um ministério voltado para a melhor idade.
E falando nisso, me incomoda bastante um fenômeno que vem arrebatando igrejas que é a “teologia do entretenimento”. O que seria isso? É uma “técnica” que alguns têm usado para atrair principalmente jovens. Mas isso é algo novo? Pelo texto de Paulo, parece que não. O apóstolo dos gentios orienta seu pupilo Timóteo acerca dos últimos dias, os quais ele acreditava que seria o seu tempo, mas chegamos ao século XXI e temos a sensação que Paulo escreveu isso esses dias.
Muitos líderes de juventude têm negociado seus ministérios com essa “teologia”, pensando em agradar sua “clientela”, montando lideranças vazias, sem conhecimento de Deus e da sua Palavra, trazendo idolatria e mitos à vida de seus jovens. Paulo também alerta ao fato de que não seria fácil ir na contramão dessa moda que tem tomado conta de muitos lugares por esse Brasil, onde os cultos viraram shows, sem nenhum comprometimento com os princípios bíblicos de arrependimento, santidade, adoração, serviço e evangelização de uma sociedade cada vez mais carente de Deus.
Antes do seminário, eu pregava de uma maneira, mas nas aulas de pregação aprendi que você como expositor das Escrituras deve mostrar o problema, mas também, apontar soluções. Paulo faz isso nesse texto. Como podemos vencer isso?
Sejamos sóbrios – Ponderados, não nos abalemos com as circunstâncias ou aparentes crescimentos ou avivamentos.
Suportemos os sofrimentos – Alguns vão dizer que seu trabalho está mal porque não tem a resposta que outros estão tendo. Não importa a velocidade e sim a direção.
Faça a obra de um evangelista – Seja sempre portador das boas novas. Sempre falando do Evangelho de Cristo.
Cumpra... o ministério – Continue servindo à comunidade.
Com essa palavra do Apóstolo, podemos combater esse vício em nossas igrejas e juventudes. E que de fato, deixemos os shows e eventos e partamos para uma aproximação com aqueles que precisam de Cristo, de salvação. É fácil? Claro que não. Fazer a vontade do Pai, andar correto no Reino de Deus nunca foi e nem será fácil. Mas é necessário permanecermos “firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão nEle”. Que Deus te abençoe!
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Pr. Felipe Narcizo - Colunista
Coluna Curtinhas