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GRUPOS
Uma Doença que Corrói a Igreja Genuína II
1 Co 1.11, 12
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Na semana passada e no texto anterior abordamos sobre os grupos que corroem a igreja. Vale dizer que o que mais destrói, corrói, desfigura, desconstrói a igreja são os males de dentro; e, não os de fora.

Vejamos, então, o que poderia estar pensando os outros dois grupos, nos quais se subdividiu a igreja de Corinto.

Terceiro Grupo: “Eu sou de Cefas” (Legalismo Intolerante) os legalistas. Os que se dizem de Cefas baseavam-se em aspectos atávicos, remanescentes da lei judaica, nas atitudes e palavras de Pedro, o zeloso apóstolo da Igreja judaica-cristã. Viam zelo petrino e legalismo farisaico, que na realidade não existia. Ombreando-se a Pedro, pensavam estar representando litimamente a posição doutrinária do apóstolo. Isto consistia em inominável equívoco, uma vez que o próprio patrono da pretensa posição não esposava tais idéias. Estes confundiam zelo com fanatismo, moralidade com ascetismo, temor com rigor, santidade com culto de si mesmo.

Quarto Grupo: “Eu sou de Cristo” (Separatismo Intransigente). Este talvez seja o pior dos quatro grupos. É mister entender, desde já, que se trata não dos que são verdadeiramente de Cristo, mas daqueles que dizem sê-lo, a fim de acobertarem um espírito separatista, egoísta e intransigente. Este grupo existe, igual aos outros três, nos dias de hoje. Acham-se mais importantes do que os liberais, os intelectuais e os legalistas. E o que é pior: acham-se mais privilegiados do que os fiéis e sinceros. Não aceitam qualquer autoridade eclesiástica. Acham que o pastor e os demais oficiais da igreja são meras figuras decorativas. Acreditam que ninguém tem capacidade suficiente para transmitir-lhes qualquer ensinamento. Vêem no fariseu um santo, no hipócrita um sábio, no puritano um apóstolo.

“Uma vez que foi escrito, o foi para o nosso ensinamento” (Rm 15.4), estas palavras deixadas por Paulo, exortando uma igreja em particular, servem para abrir nosso entendimento no sentido de policiarmos nossas atitudes e até mesmo nossos mais íntimos pensamentos a fim de que sejamos livres, sem sermos “donos da verdade”, zelosos sem sermos intolerantes e, separados do mundo, mas não dos da família da fé. Qualquer divisão existente no seio da igreja, seja por qual pretexto, leva a uma debilitação de todas as suas potencialidades e dá lugar a ataques bem-sucedidos do maligno.

Antes de interpretarmos qualquer pensamento ou intenção de algum escritor sagrado, temos que ter em mente o contexto de sua exposição global, os resultados do seu ministério e observarmos que toda a Bíblia está ligada por uma espécie de “fio de Ariadne”, tornando-se uma, indivisível, que fala sempre a mesma coisa.

Acreditamos piamente que, em uma congregação onde Cristo estivesse ministrando, tendo Paulo, Apolo e Cefas como participantes, todos teriam o mesmo glorioso pensamento e nenhum dos quatro aceitaria como verdade, qualquer das divisões permanentes representadas por pessoas que tomassem seus nomes como bandeira de uma interpretação sem sentido.
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Nele, em quem sou e a quem sirvo!
Pr. Adriano Moreira

A GENUÍNA IGREJA DE CRISTO - PARTE II

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