“... os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Isaías 40:31)
Lembro-me da primeira vez que voei. Estava indo para Santa Catarina, e, tinha como missão consolidar uma igreja plantada no campo missionário do bairro de Oficinas, Tubarão. O dia estava quente, caía uma teimosa chuva, por isso, o céu cinzento exibia pesadas nuvens que deixava aquela manhã com ar de alta madrugada. Ao decolar, senti uma leve turbulência, que por ser a primeira vez, fiquei bastante preocupado e os poucos segundos de decolagem pareceram demorar mais do que devia. Estava sentado perto da asa e olhando para fora percebia as nervosas nuvens sendo contorcidas, enquanto brigavam com as turbinas. Espantado vi aquela parte da aeronave sacudida pelo vento e espancada pela chuva. O tremor característico das decolagens naquelas condições climáticas não parecia preocupar os demais passageiros, talvez mais experientes. Logo perceberia o porquê. Tão logo atravessamos as nuvens, um clarão tomou conta da aeronave. Era o sol! Brilhava majestoso, e tornava as nuvens, agora postas abaixo de nós, lindas e extremamente brancas. Uma serenidade, uma calma, uma tranquilidade e um repentino renovo tomou conta de mim, e, pude perceber que, às vezes, precisamos mudar a perspectiva das coisas para perceber que acima das tempestades da vida, e das mais negras nuvens há um céu azul, um tapete de serenas nuvens brancas, e um sol lá no alto a brilhar.
Alcançados pela Graça.
C. F. Henriques
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Alcançados pela Graça.
C. F. Henriques.