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Uma das principais características da igreja de Cristo é sua forma de adoração ou ainda suas manifestações de alegria expressas em forma de música, dança e outras características culturais e cultuais. Cabe, porém, uma atenção especial ao que temos visto nos chamados cultos evangélicos ou mundo gospel.

Sabemos que o cântico sacro deve ser visto como uma das mais impactantes expressões do culto a Deus, a importância dos louvores para a igreja primitiva era nítida, o judaísmo se caracteriza por suas inúmeras festas, contudo, todas com um significado plausível e relevante para sua história e sua religiosidade, esta citação se dá justamente pelo fato de o judaísmo ser considerado por renomados estudiosos o berço do cristianismo, assim como sua forte influência helenista no primeiro e segundo séculos da era pós Cristo.

O louvor segundo os reformadores deve conter um apelo didático e seu conteúdo deve externar as verdades das Sagradas Escrituras e principalmente a magnificar o Eterno em Sua santidade, essência sublime e soberana. Nem mesmo um dos mais tradicionais ícones da Reforma negligenciou a música e seu poder perante os fies, Calvino afirmara: “... o canto tem grande força e vigor para mover e inflamar os corações dos homens, a fim de invocar e louvar a Deus com um mais veemente e ardente zelo.” 

Todavia, esta característica vem perdendo espaço nos cultos contemporâneos. O cântico congregacional vem perdendo espaço nos cultos para apresentações de melhores vozes em detrimento a autêntica adoração, melhores trabalhos gráficos substituem experiências com Deus e Sua obra, o dinamismo do “mercado” os impede de separar tempo para oração, leitura bíblica e santificação. O Apóstolo Paulo quando escreve aos romanos no capítulo 11 fala a respeito da penalidade dos que negociam com a iniquidade, mas também assevera que a promessa feita aos patriarcas prevaleceria para com os fies da casa de Israel: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.” Romanos 11:29.

Precisamos urgentemente compreender que os cânticos espirituais recebem esta nomenclatura justamente por ser a manifestação da plenitude do Espírito Santo em nós que somos igreja do Senhor, “...raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...”, 1 Pd 2:9. 

Que tenhamos a sensibilidade e maturidade espiritual para nos emocionarmos menos com canções que massageiam o ego e supervalorizam desejos humanos de “vingança e vanglória” e sejamos envolvidos por atitudes de contrição e gratidão que de fato agradem o nosso Senhor.
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Ao Eterno toda Glória
Pr. Fabio Lima

A ADORAÇÃO ALÉM DA CANÇÃO – PARTE 6

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